Notícias
GESTÃO
Paulo Guedes afirma que a economia está aquecida e o crescimento do país vai surpreender novamente
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na noite de quarta-feira (25/8) que a economia brasileira voltou a crescer. Durante lançamento da Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo, na Câmara dos Deputados, ele destacou pontos importantes para a retomada do crescimento como o avanço da vacinação em massa, o retorno ao trabalho, a reabertura para as aulas e a retomada do setor de serviços.
Segundo Guedes, o crescimento estimado em torno de 5,5% no Produto Interno Bruto (PIB) este ano já está surpreendendo quem esperava uma retomada lenta. Com os dados da arrecadação divulgados nesta quarta pela Receita Federal, o quadro é ainda mais positivo. “Nosso déficit desabando de 10,5%, voltando para 1,7%. Com a arrecadação que veio hoje, eu estou convencido que vai ser muito menos que 1,7%”, afirmou. E completou: “O Brasil se levantou e a arrecadação veio junto. Nunca os fundamentos fiscais estiveram tão tranquilos”.
Reformas e investimentos
O ministro informou aos deputados e empresários que participaram do lançamento da Frente Parlamentar que o Brasil já registra R$ 544 bilhões de investimentos contratados para os próximos 10 anos, o que foi possível graças aos avanços das reformas no Congresso Nacional.
Paulo Guedes citou o avanço fiscal e monetário, com Banco Central independente e gatilhos fiscais, no primeiro movimento; depois, saneamento e gás natural, setor elétrico, Eletrobrás, Correios, o marco das startups e a MP da melhoria do ambiente de negócios. “Na hora em que nós vamos melhorando esses marcos regulatórios, você dispara a onda de investimento”, observou. Por isso, nas palavras do ministro da Economia, “quem está dizendo que o Brasil vai parar de crescer no ano que vem não entendeu nada do que está acontecendo”.
Guedes celebrou a chegada da Frente Parlamentar, dizendo que sentia falta de um grupo que defendesse as reformas no Congresso – o que deve ser solucionado com essa Frente de empreendedores, de livre iniciativa e pró-economia de mercado – “para aprovar a Reforma Administrativa, a Reforma Tributária e as privatizações”.
Agendas social e verde
De acordo com o ministro, a agenda de trabalho é enorme. “Por nós, o governo vai fazendo reforma até o último dia. Porque as mais difíceis, de controle de gastos, nós fizemos primeiro. Daqui para frente, tem muita coisa boa”, ponderou.
Essa agenda, conforme Guedes, inclui o aspecto social, que vai permitir a “distribuição de riqueza”, à medida que “será possível transformar parte dos recursos das privatizações em serviços e benefícios para a população mais necessitada”. Outro ponto é a agenda verde, que deve ser atendida com o anúncio, em breve, do Programa de Crescimento Verde. Paulo Guedes reforçou a importância da Região Amazônica, que tem uma “uma vocação natural para a economia do futuro”. “A economia do futuro é verde e digital. A Amazônia devia ser o centro disso”, afirmou.
Apoio ao empreendedor
O ministro salientou que a geração de empregos, os investimentos, a criação de renda e até o pagamento de impostos dependem justamente “dessa máquina, dessa engrenagem, que é a livre iniciativa e que são os empreendedores, as pessoas que realmente correm riscos”.
Para fortalecer essa engrenagem, confirmou que o governo vai mudar a dose da Reforma Tributária, depois que o setor privado se levantou contra a proposta inicial. “Nenhum compromisso com o erro”, assegurou.
Por isso, o governo aceitou uma redução de pelo menos 10% na carga tributária já no primeiro ano, “sabendo que, se aumentar a arrecadação, melhorar bastante no ano que vem, baixamos mais um pouco no ano que vem também”. Guedes disse que o governo está convencido de que este é o caminho. “O caminho é desregulamentar, desburocratizar, e é, realmente, fazer uma reforma tributária que estimule os empresários”, destacou.
O ministro tranquilizou empresas do Simples e do regime de lucro presumido: “Até R$ 4,8 milhões, todo mundo fora. Vamos discutir só com a turma lá de cima. Pegar a turma lá de cima, pagar um pouquinho, de rendimento de capital moderado – 20% moderados – e fazer uma grande redução de impostos para as empresas”.
Assim, segundo Guedes, 30 milhões de assalariados e cinco milhões de pequenas e médias empresas vão pagar menos imposto. “Inclusive, as grandes empresas vão pagar menos. Já o dono afluente, quando tirar o dinheiro da empresa, paga modestos 20%. Então essa é a essência da Reforma Tributária”, explicou.
A Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo será coordenada pelo deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP). A proposta da nova frente parlamentar é, por meio de debates com a sociedade civil no Congresso Nacional, promover um melhor ambiente de negócios e maior segurança jurídica para os empreendedores no Brasil.