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COVID-19
Ministérios da Economia e Saúde recebem mais de cinco mil concentradores de oxigênio
Buscar alternativas para aumentar oferta de oxigênio. Essa foi uma das ações prioritárias da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec), em atendimento ao pedido do Ministério da Saúde e por meio de articulação com a Air Liquide e o setor privado. Entre várias iniciativas, foi identificada a importação dos concentradores de oxigênio como solução para superar vários desafios, entre eles suprir a carência de oxigênio no país.
Para acompanhar a concretização da iniciativa, nesta quarta-feira (7/4), o secretário especial da Sepec, Carlos Da Costa – ao lado do secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Dr. Hélio Angotti; do secretário de Desenvolvimento da Infraestrutura do Ministério da Economia, Gustavo Ene; e de representantes do setor produtivo – esteve no Aeroporto Internacional de Guarulhos para receber uma remessa dos aparelhos de oxigênio, oriundos dos Estados Unidos.
A ação foi resultado de mobilização dos setores público e privado, que conseguiram viabilizar a doação de 5.133 concentradores de oxigênio para o Ministério da Saúde. Os equipamentos serão utilizados para o tratamento de pacientes com Covid-19 em suas próprias localidades, inclusive nas regiões de difícil acesso. Desses mais de cinco mil aparelhos doados, já estão no país 2.783 concentradores de oxigênio. O Ministério da Saúde ficará responsável pela logística dos itens através do Sistema Único de Saúde (SUS).
Para Carlos Da Costa, essa parceria entre os setores públicos e privado é fundamental para salvar vidas e contribuir para o tratamento dos pacientes com Covid-19. “A importação desses 5.133 concentradores de oxigênio, em parceria com empresas privadas, é a prova de que estamos todos juntos e lutando pela vida de cada cidadão. Os mais de cinco mil aparelhos serão capazes de produzir, em volume de oxigênio, o equivalente a 108 mil cilindros de oxigênio” destacou.
Segundo o secretário especial, como o peso do concentrador de oxigênio é baixo – aproximadamente 15 quilos – pode ser transportado com muita facilidade para as regiões mais remotas do país. “Certamente será um grande legado. Não só para o combate dos efeitos da pandemia, como também para o Sistema Único de Saúde. Assim como no ano passado, o governo federal, alinhado com o Ministério da Economia e Ministério da Saúde, está comprometido com a preservação da vida dos brasileiros. Estamos agindo e buscando soluções, em conjunto com o setor produtivo, para os grandes desafios gerados pela pandemia,” concluiu.
Participam desta iniciativa as seguintes empresas: Bradesco, BRF, B3, Embraer, Gerdau, Grupo Ultra, Itaú Unibanco, Magazine Luiza, Marfrig, Natura & Co, Suzano e Unipar. A Air Liquide Brasil foi responsável pela cotação geral para a importação dos equipamentos e as demais empresas que aderiram à iniciativa ratearam o valor de pouco mais de R$ 35 milhões.
Uso dos concentradores
O concentrador de oxigênio é um equipamento que separa o oxigênio do ar e o fornece ao paciente em um fluxo direto e contínuo, contribuindo para a melhora de sua capacidade respiratória – uma das piores consequências da Covid-19.
Considerando que o tempo médio de uso do aparelho por paciente pode variar entre uma ou duas semanas, a expectativa é de que os concentradores atendam, mensalmente, entre 10 e 20 mil pacientes. Cada concentrador substitui, em média, 21 cilindros de oxigênio.
Juntos, os equipamentos doados suprirão o equivalente a uma produção mensal de 1.100.000 metros cúbicos do insumo – volume que demandaria mais de 108 mil cilindros por mês para ser armazenado. A quantidade de oxigênio fornecida por meio dos concentradores contribuirá, ainda, para evitar a sobrecarga na capacidade produtiva da indústria de gases.
A praticidade no manuseio é outra característica de destaque no uso dos concentradores, já que cada equipamento pesa aproximadamente 15 quilos e necessita apenas de energia elétrica para funcionar. Essas condições facilitam o transporte e uso, inclusive, nas regiões mais remotas do país. A durabilidade também é um diferencial destes equipamentos, os quais têm vida útil estimada em sete anos.
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* Com informações da Air Liquide