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Economia e FIEC apresentam resultados de projeto sobre a redução do Custo Brasil
Apresentação dos resultados de trabalho conjunto entre o ME e FIEC. Fotos: Marília Camelo / Fiec GECOM
O secretário do Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do Ministério da Economia (SDIC/SEPEC/ME), Jorge Luiz de Lima, participou nesta quarta-feira (27/4), em Fortaleza (CE), da apresentação dos resultados de trabalho conjunto entre o Ministério da Economia e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), sobre a Redução do Custo Brasil , e da criação de um Centro de Inteligência que se dedicará ao tema.
Durante evento, o secretário Jorge Lima e o presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, destacaram que esses resultados fazem parte do Acordo de Cooperação Técnica (ACT), entre as instituições, iniciado em setembro do ano passado, por meio do Observatório da Indústria da FIEC, centro que conta com grande base de dados da indústria nacional.
O ACT tem como objetivo apoiar o governo federal no mapeamento e identificação de áreas críticas para o ambiente de negócios e a competitividade; disponibilizar infraestrutura tecnológica integrada com plataforma virtual para acesso a informações e indicadores de forma dinâmica e didática, subsidiando a tomada de decisão de entes públicos e privados, e realizar prospecções de inteligência competitiva por meio de uma estratégia adaptada para as especificidades das empresas e instituições, visando identificar oportunidades e antecipar-se às mudanças nas diversas dimensões do processo de tomada de decisão.
Um dos pontos levantados durante a apresentação do Custo Brasil foi a redução da informalidade para alavancar o desenvolvimento socioeconômico do país. Segundo o secretário Jorge Lima, hoje há 38 milhões de informais via Auxílio Emergencial no País. “Eu tinha esse número entre 18, 20 milhões. Não imaginava serem 38 milhões. Essas pessoas, na informalidade, não têm acesso a nada, e essa é uma das maiores injustiças sociais que podemos fazer", frisou o secretário.
Jorge Lima destacou a importância das reformas estruturais para a redução do Custo Brasil e, consequentemente, para a redução das desigualdades sociais e econômicas, bem como a ampliação da competitividade da indústria brasileira.
Nesse contexto, o Centro de Inteligência, do Observatório da Indústria, irá trabalhar toda a inteligência do Custo Brasil, automatizando todas as informações do setor produtivo, em tempo real, criando uma dinâmica para a tomada de decisões do governo federal.
Hoje, o Custo Brasil, interfere diretamente na educação, saúde, infraestrutura e desenvolvimento humano e social do país, sendo um conjunto de dificuldades estruturais, econômicas, burocráticas e trabalhistas que atrapalham o crescimento da produção industrial, do comércio e da economia brasileira.
Com a diminuição do Custo Brasil, o país irá aumentar a produtividade das companhias, das indústrias, e melhorar o ambiente de negócios. Lembrando que o Custo Brasil consome das empresas R$ 1,5 trilhão por ano, o que representa 22% do Produto Interno Bruto (PIB).
O Centro de Inteligência, que tem seu foco voltado a redução do Custo Brasil, teve seus trabalhos separado em 12 eixos de enfrentamento: Abrir um negócio (impacto de R$ 11 a 14 bi); Financiar o negócio (R$ 180 a 220 bi); Empregar capital humano (R$ 260 a 320 bi); Dispor de infraestrutura (R$ 190 a 230 bi); Acessar insumos básicos (R$ 20 a 23 bi); Atuar em ambiente jurídico-regulatório eficaz (R$ 160 a 200 bi); Integrar com cadeias produtivas globais (R$ 100 a 120 bi); Honrar tributos (R$ 240 a 280 bi); Acessar serviços públicos (R$ 40 a 50 bi); Reinventar o negócio (R$ 70 a 90 bi); Competir e ser desafiado de forma justa (R$ 80 a 100 bi) e Retomar ou encerrar o negócio (R$ 15 a 20 bi).