Notícias
OPERAÇÃO
Receita Federal integra força-tarefa que investiga adulteração na produção de combustíveis
A Receita Federal do Brasil, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-SP) e a Polícia Rodoviária Federal cumprem, na manhã desta quarta-feira (21/10), 15 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão no bojo da “Operação Arinna” – uma referência à deusa do sol da extinta civilização hitita.
A ação visa impedir as atividades de uma organização criminosa especializada na adulteração de combustíveis e do composto químico Arla 32, um reagente utilizado para garantir maior eficiência com menor poluição ambiental em motores a diesel dos veículos fabricados a partir de 2012.
Segundo apurado na investigação, o esquema criminoso consiste na fabricação do Arla 32 utilizando-se, irregularmente, de ureia destinada à fabricação de adubos e fertilizantes, o que, além de provocar danos ao meio ambiente, danifica o motor do caminhão.
Também foi verificado que a organização criminosa importa irregularmente nafta, sob a justificativa de que o produto seria destinado à fabricação de tintas e vernizes. Entretanto, os elementos de convicção colhidos até o presente momento indicam que o insumo estaria sendo desviado para ser misturado à gasolina. Com o desvio das finalidades industriais da nafta, o grupo investigado teria sonegado tributos federais, que, somados a multas aduaneiras aplicáveis ao caso, podem totalizar cerca de R$ 270 milhões.
Os mandados estão sendo cumpridos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Tocantins, Rondônia e Rio Grande do Sul.
Participam do cumprimento dos mandados de busca e apreensão 16 auditores fiscais e seis analistas tributários da Receita Federal, além de policiais rodoviários federais.