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SEMANA DE INOVAÇÃO
Último dia do evento coloca os servidores públicos no centro do debate
O papel dos servidores públicos na construção de futuros possíveis para a administração pública foi o assunto desta quinta-feira (19/11), no último dia da Semana de Inovação 2020. A moderadora, Marizaura Camões, coordenadora-geral de Inovação da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), provocou os convidados com três questões: nesse contexto de transformação digital e em meio a uma pandemia, o que os servidores precisam deixar para trás, o que estão fazendo de melhor e podem manter e o que devem fazer diferente daqui para frente.
O secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, Wagner Lenhart, destacou a necessidade de abandonar pensamentos como “sempre foi assim, sempre fizemos dessa forma”. “O que foi receita de sucesso no passado, não é receita de sucesso para o futuro. Temos que estar constantemente nos reinventando”, disse. Lenhart também citou a necessidade de abandonar o medo de errar, para “buscar algo positivo, transformador”, e destacou a necessidade de “transformar a vida das pessoas durante toda a nossa trajetória profissional”.
Responsabilidade, profissionalismo e resiliência também foram citados como atributos que os servidores devem manter no desempenho de suas funções, segundo o secretário. “Não podemos desistir na primeira dificuldade, devemos perseverar e buscar os objetivos, para cada vez entregar mais e prestar um serviço público sempre melhor para a população.”
Ao falar sobre o que deve ser feito diferente para o futuro, o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal citou como prioridade colocar as pessoas no centro do processo. “Precisamos ter a gestão de pessoas como algo estratégico”, ressaltou, “com uma estrutura organizacional mais adaptada, capaz de enfrentar os desafios e se adequar às mudanças que temos pela frente.” Ele destacou também o papel da cooperação das equipes. “Temos um capital humano valioso no serviço público, porém precisamos criar um ambiente melhor, onde tenhamos a percepção da importância do nosso trabalho e ter a confiança e o reconhecimento do cidadão.”
A coordenadora do Comitê de Dados para o Combate à Covid-19 do Rio Grande do Sul, Leany Lemos, lembrou que o mundo está em transição. “Precisamos nos ajudar mais, trabalhar juntos”, declarou. Ela acredita que a paixão pelo que se faz deve ser sempre mantida, para que o servidor “dê o seu melhor”. E observou: “Se deixarmos para traz o que não funciona e magnificar o que há de bom, já estaremos mudando o futuro.”
O fundador do Instituto República, Guilherme Coelho, também destacou a importância das relações humanas. “Nosso objetivo deve ser melhorar nossas relações entre os times, construir um ambiente de confiança, onde todos tenham voz”, ressaltou. “Todos trabalham num ambiente de aprendizagem e juntos precisam pensar em soluções, algo ambicioso, que permita testar riscos.”
A Co-fundadora e presidente executiva da Apolitical – uma rede global de aprendizagem para o serviço público –, Lisa Witter, chamou a atenção para a necessidade de trabalhar com diferentes setores, de forma holística, orquestrada, e aconselhou: “Sempre tenha um objetivo em mente e tente colocar o usuário no centro. Sejam ativos, mudem o mundo, trabalhem juntos. Reconheçam o trabalho do outro e reconheçam que há um sucesso conjunto.”