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Emissão de debêntures incentivadas de Infraestrutura capta R$ 3,840 bilhões em 2020
As emissões de debêntures incentivadas de Infraestrutura alcançaram R$ 3,840 bilhões até abril. Esse valor ficou abaixo dos R$ 6,4 bilhões alcançados em igual período do ano passado, significando uma redução de 40%. Em abril, o volume distribuído foi de R$ 700 milhões, em série única vinculada ao setor de Transporte (Mobilidade Urbana). Os dados fazem parte da 77ª edição do Boletim de Debêntures Incentivadas, que a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia divulga nesta terça-feira (26/5).
Acesse a 77ª edição do Boletim de Debêntures Incentivadas
Destacando-se como alternativa às fontes tradicionais de investimento em infraestrutura, as debêntures incentivadas alcançaram, no primeiro trimestre de 2020, R$ 3,140 bilhões, montante superior ao desembolsado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o setor, na casa de R$ 2,936 bilhões. Nos últimos 12 meses, as debêntures incentivadas alcançaram o volume de R$ 31,283 bilhões contra R$ 20,382 bilhões desembolsados pelo BNDES.
O prazo médio das emissões vem apresentando tendência de alta desde 2016, atingindo 15,9 anos no período de janeiro a abril de 2020. No que diz respeito ao custo foi registrada trajetória de redução desde 2015, em linha com a queda da curva de juros no mercado. No período de janeiro a abril de 2020, a remuneração média foi de IPCA + 5,5% ao ano, superior à remuneração média verificada em 2019, de IPCA + 4,7% ao ano e inferior à média estabelecida de IPCA + 6,6% no ano de 2018.
As debêntures incentivadas continuam apresentando liquidez no mercado secundário superior ao das debêntures não incentivadas. Em abril, as debêntures incentivadas apresentaram giro de 7,1% do estoque contra 5,9% das debêntures não incentivadas.
Entre as distribuições realizadas por meio de Oferta Pública (Instrução CVM nº 400/2003) e Oferta Restrita (Instrução CVM nº 476/2009), a participação dos investidores pessoa física na distribuição primária alcançou o montante de R$ 27,2 bilhões até abril de 2020, correspondendo a 31% do volume total distribuído desde 2012. Na distribuição setorial, predomina o setor de energia, que concentrou 54,4% das emissões de janeiro a abril de 2020, seguido do setor de transporte, que atingiu 36,5% do total das emissões em igual período.
A demanda por Fundos de Infraestrutura vem decrescendo fortemente no ano. Em abril de 2020, havia 131.302 cotistas contra 179.228 cotistas em dezembro de 2019, o que significa uma saída de 47.926 cotistas.