Notícias
PANORAMA MACROECONÔMICO
SPE aponta queda do PIB de 4,7% em 2020 e crescimento de 3,2% em 2021
A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia (SPE/ME) divulgou nesta quarta-feira (15/7), em coletiva virtual, a edição do Boletim Macrofiscal de julho, com a atualização das projeções sobre comportamento dos principais indicadores em 2020 e 2021. Nesta mais recente grade de parâmetros macroeconômicos, é estimada queda de 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB) real este ano, com crescimento de 3,2% em 2021 (ou seja, mantidas as estimativas apresentadas pela SPE em junho último).
Confira a Apresentação - Boletim MacroFiscal da Secretaria de Política Econômica (15/07/2020)
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é projetada em 1,58% em 2020 e em 3,24% em 2021. A grade de parâmetros macroeconômicos apresenta também dados mais detalhados, como as projeções de variação das atividades industriais por setores.
O boletim destaca que a crise da Covid-19 atingiu toda a economia mundial, gerando uma severa retração por todo o mundo, afetando atividades produtivas e o consumo com um choque de natureza sem precedentes nas economias. Mas o Brasil já segue o caminho da retomada, aponta a equipe do Ministério da Economia. “O mês de abril foi o fundo do poço, quando a retração econômica foi mais intensa. Agora, há um movimento de recuperação”, disse o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues.
Destaque
O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, ressaltou que o atual cenário ainda apresenta muitas incertezas, mas garante que o Brasil já está retomando o crescimento. “Quem fez projeção de queda acima de 6,5% do PIB vai ter de rever essas projeções, diminuindo o tamanho da queda”, apontou. “A economia é um organismo vivo. Agora temos novas formas de comércio, novas formas de fazer negócio. Isso está permitindo a retomada acima do que esperávamos”, afirmou.
O secretário Sachsida ressaltou que as ações de política econômica do governo conseguiram conter o choque negativo da crise do novo coronavírus e preparar o país para a retomada da economia, minimizando os efeitos de longo prazo.
Na coletiva de hoje, foi destacada também a importância da implantação da nova modalidade de “Saque Aniversário” do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por parte dos trabalhadores. O novo sistema poderá servir como lastro para a obtenção de empréstimos, com juros mais baixos. Foram apresentados, ainda, dados sobre a importância das privatizações e concessões para estimular o crescimento da economia. Diante disso, é importante retomar a agenda de privatizações logo após encerrada a fase crítica dos impactos da pandemia do novo coronavírus.
As projeções dos indicadores macroeconômicos da grade de parâmetros desta edição servirão como base para a estimativa final utilizada no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2021 e no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 3º bimestre de 2020.
As estimativas consideram indicadores divulgados até o dia 7 de julho, com exceção dos indicadores de inflação – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) – que foram atualizados até o dia 10 de julho.
Coletiva
Participaram da coletiva virtual o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues; o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida; o subsecretário de Política Macroeconômica, Vladimir Kuhl Teles; o subsecretário de Política Agrícola e Meio Ambiente, Rogério Boueri Miranda; o subsecretário de Política Fiscal, Erik Alencar de Figueiredo; o subsecretário de Política Microeconômica e Financiamento da Infraestrutura, Pedro Calhman de Miranda; o coordenador-geral de Projeções Econômicas, Fausto José Araújo Vieira; o diretor do Departamento de Gestão de Fundos, Gustavo Tillmann; o vice-presidente de Agronegócios e Governo do Banco do Brasil, João Pinto Rabelo Júnior; e o vice-presidente de Varejo da Caixa, Celso Leonardo Derziê de Jesus Barbosa.
Assista a coletiva de apresentação das projeções de indicadores macroeconômicos: