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Debêntures incentivadas captam R$ 1,1 bilhão em maio
As emissões de debêntures incentivadas alcançaram R$ 4,9 bilhões até maio de 2020. Esse valor ficou abaixo dos R$ 9,120 bilhões atingidos em igual período do ano passado, significando uma redução de 45,7%. Em maio deste ano, o volume foi de R$ 1,1 bilhão, distribuído em duas séries, vinculadas aos setores de Transporte (ferrovia) e Saneamento. Os dados fazem parte da 78ª edição do Boletim de Debêntures Incentivadas, divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia (ME).
O prazo médio das emissões vem apresentando tendência de alta desde 2016, atingindo 14,5 anos no período de janeiro a maio de 2020. No que se refere ao custo, foi verificada trajetória de redução desde 2015, em linha com a queda da curva de juros no mercado. Nos cinco primeiros meses deste ano, a remuneração média foi de IPCA + 5,7% ao ano, superior à remuneração média verificada em 2019, de IPCA + 4,7% ao ano, e inferior à média estabelecida de IPCA + 6,6% no ano de 2018.
As debêntures incentivadas continuam apresentando liquidez no mercado secundário superior ao das debêntures não incentivadas. Em maio, as debêntures incentivadas apresentaram giro de 4,2% do estoque contra 3,2% das debêntures não incentivadas.
Entre as distribuições realizadas por meio de Oferta Pública (Instrução CVM nº 400/2003) e Oferta Restrita (Instrução CVM nº 476/2009), a participação dos investidores pessoa física na distribuição primária alcançou o montante de R$ 27,3 bilhões até maio de 2020, correspondendo a 31% do volume total de debêntures incentivadas distribuídas desde 2012.
Na distribuição setorial do ano, predomina o setor de Transporte/Logística, que concentrou 44,5% das emissões de janeiro a maio de 2020, seguido dos setores de Energia e Saneamento, que alcançaram, respectivamente, 42,2% e 13,3% das emissões em igual período.
A demanda por Fundos de Infraestrutura vem decrescendo fortemente no ano. No mês de maio, observa-se um total de 126.860 cotistas contra 179.228 cotistas no mês de dezembro de 2019, portanto, uma saída de 52.368 cotistas.