Conselho da Suframa aprova 29 projetos, com impacto de US$ 112 milhões

O Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) aprovou, nesta quinta-feira (2/7), 29 projetos industriais e de serviços, que juntos somam investimentos de US$ 112 milhões e estimam a geração de 1.148 novos postos de trabalho no Polo Industrial de Manaus (PIM) nos três primeiros anos de operação. A previsão de faturamento é de US$ 678 milhões no mesmo período. São 10 projetos de implantação e 19 de atualização, diversificação ou ampliação.

A 292ª Reunião Ordinária da Suframa (CAS), realizada por videoconferência, foi presidida pelo secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa. Ele destacou que o Ministério está trabalhando em três prioridades para a região, no que chamou de diretrizes macroestratégicas.

“A primeira é tornar o modelo atual mais eficiente e rápido, e já conseguimos mais agilidade na aprovação dos projetos com menos burocracia, o avanço nos PPBs e vamos continuar fazendo isso”, afirmou Da Costa. “A segunda é o desenvolvimento complementar de novos vetores, que incluem a bioeconomia e os bionegócios, e a terceira é fazer com que o desenvolvimento seja equilibrado em toda a região.”

Entre os projetos de diversificação, atualização ou ampliação se destacam as iniciativas das empresas Dowertech da Amazônia, para produção de registradores e medidores de energia elétrica, com investimento total de aproximadamente US$ 30,4 milhões e expectativa de geração de 197 empregos; da Cal-Comp, para produção de máscaras descartáveis, com investimento total de cerca de US$ 1 milhão e expectativa de geração de 12 empregos; e da empresa Positivo Tecnologia, que visa à fabricação de aparelhos para análise de amostras de sangue por meio de radiações ópticas, com investimento total de aproximadamente US$ 1,2 milhão e expectativa de geração de quatro empregos.

Para o novo superintendente da Suframa, Algacir Polsin, esses dois últimos projetos em destaque tratam tradicionais produtos de eletroeletrônico e itens de informática que diante dos desafios apresentados pela pandemia vislumbraram oportunidade para diversificar a matriz de produtos e investir no segmento médico hospitalar.

No caso dos projetos de implantação aprovados se destacam as proposições da empresa Duxteno Indústria de Plásticos, tendo como objetivo a produção de bens intermediários de matéria plástica em geral, com investimento total de aproximadamente US$ 11,7 milhões e expectativa de geração de 198 empregos, e da empresa Specialized Brasil, para produção de bicicletas elétricas, com investimento total de cerca de US$ 1,5 milhão e expectativa de geração de 21 empregos.

Com o objetivo de dar mais visibilidade à importância do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) para o país, Polsin destacou a necessidade de levantar dados além dos números do PIM. “Por exemplo, em uma reunião do Codam, vimos o quanto está sendo feito pela Universidade do Estado do Amazonas, com inúmeros projetos, inclusive interiorizando a pesquisa e o desenvolvimento”, observou. “Conversando com a minha equipe, constatamos que grande parte dos fundos que viabilizaram esses projetos são oriundos das verbas de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) da Zona Franca de Manaus. Da mesma maneira existem diversos outros projetos de benefícios para população oriundos do modelo e que não estão aparecendo”, explicou, informando que pretende, ainda, fazer estudos para a viabilidade de inserir contrapartidas de benefícios sociais nos projetos industriais a serem analisados pelo CAS.

A reunião contou com a participação do novo superintendente da Suframa, Algacir Polsin; do governador de Roraima, Antonio Denarium; do deputado federal Capitão Alberto Neto (Rep-AM); dos conselheiros e representantes de diversos ministérios, entidades de classe, secretários de estado, entre outros.