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Covid-19
Ministério da Economia detalha impacto fiscal das medidas de combate ao coronavírus
As medidas de combate à crise causada pelo novo coronavírus (Covid-19) terão um impacto adicional no resultado primário de 3,76% no Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2020, o que corresponde a R$ 284 bilhões. A maior parte desse montante se deve a novas despesas primárias (R$ 270,8 bilhões). Os dados foram apresentados pelo secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, nesta quarta-feira (15/04), durante entrevista coletiva virtual no Ministério da Economia.
Esse esforço primário do Brasil, segundo enfatizou o secretário, é bastante superior à média de países em desenvolvimento e praticamente igual à dos países desenvolvidos. “Não é uma disputa de quem gasta mais”, disse o secretário. “Queremos gastar aquilo que for necessário, que tiver efetividade e lógica e estiver associado ao combate da pandemia, provendo as camadas mais vulneráveis da população, e buscando a manutenção do emprego”, acrescentou.
Confira a apresentação
Medidas Econômicas de Combate à Covid-19
O secretário também apresentou a estimativa do déficit primário, incluindo o governo central, as estatais federais e os entes subnacionais: R$ 501,7 bilhões (6,64% do PIB), considerando a projeção de PIB a 0,02% em 2020. Segundo as simulações do Ministério da Economia, se o PIB for negativo, descendo a percentuais entre -1% e -5%, os montantes do déficit primário variariam de R$ 476,8 bilhões a R$ 515,5 bilhões. Com base na projeção de 0,02% de PIB, a necessidade de financiamento do setor público será de 11,4% do PIB.
“Esses dados são atualizados a cada momento”, afirmou Waldery Rodrigues. Ele ainda ressaltou: “É um momento que estamos vivendo. As medidas do governo federal demonstram o zelo com que ele atua nesta que é uma das maiores crises que o mundo já viveu” afirmou.
Participaram da coletiva o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues; o subsecretário do Tesouro Nacional, Pedro Jucá; e os Diretores da Secretaria Especial de Fazenda: Gustavo Guimarães e Julio César C. Pinto.