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COVID-19
Ministério da Economia busca ventiladores pulmonares danificados no Brasil
Em meio à pandemia do novo coronavírus, aproximadamente 3,7 mil ventiladores pulmonares estão parados por falta de conserto na rede de saúde pública e privada no Brasil. Isso representa cerca de 1/4 da quantidade total do equipamento, estimada pelo Ministério da Saúde, para ofertar aos pacientes da Covid-19 que apresentem dificuldades respiratórias. Para ajudar na localização desses aparelhos, o Ministério da Economia criou um endereço eletrônico para que as pessoas enviem informações sobre o paradeiro dos ventiladores sem uso, independentemente da região do país.
O Ministério da Economia, por meio da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), articula essa ação em conjunto com o Ministério da Saúde e parceiros privados. A iniciativa, chamada de + Manutenção de Respiradores, é uma rede voluntária para realizar a recuperação de ventiladores pulmonares e ampliar, com urgência, o número de aparelhos nos leitos de tratamento intensivo para atender os doentes do coronavirus.
“Queremos pedir à sociedade, aos profissionais de saúde pública e gestores públicos estaduais e municipais que nos procurem, por e-mail, para recolhermos e repararmos os equipamentos. Essa iniciativa de conserto é importante porque pode ofertar mais rapidamente ventiladores para quem mais necessita”, observa Gustavo Ene, secretário de Serviço, Indústria e Comércio do Ministério da Economia. “O aparelho será devolvido completamente recuperado ou numa condição melhor”, afirma ele.
Além dos ministérios já citados, participam da rede o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), POLI-USP, Associação Brasileira dos Engenheiros Clínicos (Abeclin) e as empresas ArcelorMittal, Fiat Chrysler Automóveis (FCA), Ford, General Motors, Honda, Jaguar Land Rover, Mercedes-Benz do Brasil, Moto Honda, Renault, Scania, Toyota, Vale e Volkswagen do Brasil.
Até 19 de abril, foram recolhidos 1.488 ventiladores respiratórios em todo o Brasil para manutenção e devolvidos 210 ao sistema de saúde. Para os próximos três meses, a estimativa de demanda de ventiladores pulmonares para o tratamento de pacientes com a Covid-19 é de cerca de 15 mil aparelhos. O tempo de conserto, a depender do grau de dificuldade do reparo, pode ser de três a cinco dias até duas semanas.
Os recursos para os consertos são da iniciativa privada, que criou 34 pontos de manutenção dos ventiladores pulmonares nos pátios das montadoras de automóveis. As empresas também ajudam doando peças para os equipamentos. Um modelo novo pode custar até R$ 60 mil no mercado. Os ventiladores estão sendo reparados por técnicos e voluntários capacitados pelo Senai e pela Abeclin para o serviço.
Contatos:
ventiladorespulmonares@mdic.gov.br