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Emissão de debêntures incentivadas em 2019 já supera volume recorde de 2018
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia divulgou, nesta sexta (20/12), a 72ª edição do Boletim de Debêntures Incentivadas. O documento revela que as emissões de debêntures incentivadas alcançaram R$ 27,5 bilhões até o mês de novembro. O valor ultrapassa em 27,4% o volume recorde de R$21,7 bilhões verificado em 2018.
Em novembro, o total distribuído foi de R$ 6,0 bilhões em 14 séries. O prazo médio das emissões apresenta tendência de alta desde o ano de 2016, atingindo 12,5 anos no período de janeiro a novembro de 2019. Com relação ao custo, verificou-se trajetória de redução desde o ano de 2015, em linha com a queda da curva de juros no mercado. No período de janeiro a novembro de 2019, a remuneração média foi de IPCA + 4,8% ao ano, significativamente inferior à remuneração média verificada em 2018, de IPCA + 6,6% ao ano.
As debêntures incentivadas continuam apresentando liquidez no mercado secundário superior ao das debêntures não incentivadas. No mês de novembro, as debêntures incentivadas apresentaram giro de 5,3% do estoque contra 2,7% das debêntures não incentivadas. Entre as distribuições realizadas por meio de Oferta Pública (Instrução CVM nº 400/2003) e Oferta Restrita (Instrução CVM nº 476/2009), a participação dos investidores pessoa física na distribuição primária alcançou o montante de R$ 26,1 bilhões até novembro de 2019, correspondendo a 33,6% do volume total distribuído desde 2012.
Na distribuição setorial, predomina o setor de energia, que concentrou 85% das emissões de janeiro a novembro de 2019. A demanda por Fundos de Infraestrutura cresceu fortemente no ano. No mês de novembro de 2019, observa-se um total de 109 fundos e 188.724 cotistas, contra 51.369 cotistas no mesmo mês de 2018.