Economia
Competitividade
Governo federal apresenta ações em andamento para melhorar ambiente de negócios
O Banco Mundial acaba de divulgar o indicador Doing Business relativo a 2019, cujos dados foram coletados de fevereiro a março deste ano, ainda sem capturar as ações implementadas pelo atual governo e que já impactam positivamente o ambiente de negócios no país.
Segundo o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa, durante coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (24/10), em Brasília (DF), o governo brasileiro reconhece a importância dos indicadores e vem implementando desde o primeiro semestre medidas contundentes para melhorar o ambiente de negócios em todas as regiões do país. "O impacto dessas medidas começa a ser sentido na melhora da atividade econômica e nos indicadores de emprego", avalia.
Alguns exemplos de que o Brasil muda de rumo em direção a um melhor ambiente para investidores, empresários e sociedade são a diminuição da taxa básica de juros a um nível recorde, a retomada da geração de empregos, a lei da liberdade econômica, a aprovação do cadastro positivo e a aprovação da reforma da previdência.
No último relatório Doing Business alguns indicadores tiveram crescimento, como registro de propriedades (+4), obtenção de alvará de construção (+5) e abertura de empresas (+2). Mas as melhorias já implementadas e em implementação desde o início do 2019 ainda não foram medidas pelo índice.
Doing Business
O Doing Business avalia, desde 2002, a facilidade de realização de negócios em 190 economias, utilizando como parâmetro a maior cidade de negócios de cada país. Nas economias com mais de 100 milhões de habitantes, a pesquisa é aplicada nas duas maiores cidades.
No Brasil, os questionários medem as realidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. O Doing Business avalia, por meio de questionários aplicados, dez fatores específicos nesses locais: obtenção de alvará de construção; registro de propriedade; abertura de empresas; resolução de insolvência; pagamento de impostos; comércio internacional; obtenção de crédito; execução de contratos; proteção de investidores minoritários; e obtenção de eletricidade. A classificação geral do país é calculada com base na média da pontuação de cada um desses temas.
Resultados
O quadro abaixo demonstra a pontuação de cada tema e sua respectiva classificação de 2019 e 2020, bem como a classificação geral do Brasil:
INDICADOR |
2019 |
2020 |
|||
Pontos |
Classificação |
Pontos |
Classificação |
Var. Class. |
|
Obtenção de alvará de construção |
49,86 |
175ª |
51,90 |
170ª |
+5 |
Registro de propriedade |
51,94 |
137ª |
54,10 |
133ª |
+4 |
Abertura de empresas |
80,23 |
140ª |
81,30 |
138ª |
+2 |
Resolução de insolvência |
48,48 |
77ª |
50,40 |
77ª |
0 |
Pagamento de Impostos |
34,40 |
184ª |
34,40 |
184ª |
0 |
Comércio Internacional |
69,85 |
106ª |
69,90 |
108ª |
-2 |
Obtenção de crédito |
50,00 |
99ª |
50,00 |
104ª |
-5 |
Execução de contratos |
66,00 |
48ª |
64,10 |
58ª |
-10 |
Proteção de investidores minoritários |
65,00 |
48ª |
62,00 |
61ª |
-13 |
Obtenção de eletricidade |
84,37 |
40ª |
72,80 |
98ª |
-58 |
Brasil |
58,6* |
109ª |
59,1 |
124ª |
-15 |
A tabela abaixo demonstra o posicionamento do Brasil de 2010 a 2020.
2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | 2018 | 2019 | 2020 |
129ª | 120ª | 126ª | 130ª | 116ª | 120ª | 116ª | 123ª | 125ª | 109ª | 124ª |
Para Da Costa, a piora no indicador geral traz luz à dimensão do problema a ser enfrentado e reforça a necessidade e a urgência da implementação de uma ampla agenda de reformas para que o país chegue a 2022 na posição de 50º do ranking. "Estamos implementando um ambicioso conjunto de reformas, que será intensificado agora, após a aprovação da reforma da Previdência. Temos certeza de que no ano que vem o índice já vai captar o resultado desse trabalho", conclui.
Também participaram da coletiva de imprensa o secretário especial de Modernização do Estado da Secretaria Geral da Presidência da República, José Ricardo Veiga; e o diretor do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração, da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, André Ramos.