Economia
Diálogo internacional
Governo e setor privado definem temas para Fórum de Altos-Executivos Brasil-Estados Unidos
Equipes técnicas de CEO´s – sigla em inglês para Chief Executive Officer, equivalente ao posto de comando mais alto em uma empresa – de cerca de 20 empresas brasileiras e norte-americanas reuniram-se, em Brasília, com representantes do governo brasileiro nos últimos dias 23 e 24 de setembro. O objetivo do encontro foi definir as principais recomendações que as empresas de ambos os países farão para os governos do Brasil e dos Estados Unidos na próxima reunião do Fórum de Altos-Executivos Brasil-Estados Unidos (Fórum de CEOs) nos dias 25 e 26 de novembro deste ano, em Washington-DC.
A reunião preparatória aconteceu na sede da Câmara de Comércio Brasil EUA (Amcham), em Brasília. Assessores do governo federal brasileiro e representantes de diversas agências governamentais falaram sobre medidas que estão sendo implementadas nas áreas de comércio exterior, infraestrutura, telecomunicações, setor aeroespacial, entre outros .
Sobre o Fórum de CEOs
Relançado em março deste ano, durante a visita do presidente Jair Bolsonaro a Washington, capital dos Estados Unidos, o Fórum não se reunia desde 2015. Criado em 2007, o mecanismo é integrado por, no mínimo, dez CEOs de cada país.
Após a realização de reuniões preparatórias e trocas de informações técnicas, os CEOs formulam e apresentam, conjuntamente, recomendações aos governos dos dois países.
No âmbito governamental, o Brasil será representado no evento pelos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Pelo lado norte-americano, participarão o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, e o diretor do Conselho Econômico da Casa Branca, Larry Kudlow.
As recomendações do Fórum de CEOs são consideradas pelos níveis mais altos dos dois governos.
Diálogo Comercial Brasil-EUA
Na próxima quinta-feira (26/9), ocorre, também em Brasília, a reunião plenária do Diálogo Comercial Brasil-Estados Unidos, por meio da qual representantes do Ministério da Economia do Brasil e da Secretaria de Comércio dos Estados Unidos discutem possibilidades de cooperação em temas como facilitação de comércio, propriedade intelectual, convergência regulatória, comércio digital, entre outros.
Intercâmbio Comercial
Em 2018, o Brasil exportou para os EUA o equivalente a US$ 28,6 bilhões em bens (aviões, semimanufaturados de ferro e aço, óleos brutos de petróleo, celulose) e importou US$ 28,9 bilhões em produtos de empresas norte-americanas (óleos e combustíveis, medicamentos, etanol). Vêm dos EUA, 16% de tudo o que o Brasil compra do mundo e vendemos para aquele mercado, 12% de todas as nossas exportações.