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Dívida Pública Federal registra R$39 bilhões em emissão liquida em agosto
O Tesouro Nacional divulgou nesta quinta-feira (26/9) o Relatório Mensal da Dívida Pública Federal (DPF) de agosto . As emissões da Dívida no último mês corresponderam a R$ 60,64 bilhões, enquanto os resgates totalizaram R$ 21 bilhões, resultando em emissão líquida de R$ 39,62 bilhões. A maior parte dessa emissão foi da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), apenas R$ 0,32 bilhões foi referente a resgates líquidos da Dívida Pública Federal externa (DPFe).
Estoque
O estoque da dívida apresentou aumento de 2,03% em termos nominais, passando de R$ 3,993 trilhões, em julho, para R$ 4,074 trilhões, em agosto. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve seu estoque ampliado em 1,74%, passando de R$ 3,846 trilhões para R$ 3,913 trilhões, devido à emissão líquida no valor de R$ 39,94 bilhões e à apropriação positiva de juros no valor de R$ 27,02 bilhões.
As emissões de títulos da DPMFi alcançaram R$ 60,48 bilhões, sendo R$ 30,41 bilhões em títulos com remuneração prefixada, R$ 6,73 bilhões remunerados por índice de preços e R$ 23,32 bilhões em títulos indexados à taxa flutuante. Desse total, foram emitidos R$ 56,89 bilhões nos leilões tradicionais, R$ 1,98 bilhão relativos às vendas de títulos do programa Tesouro Direto e R$ 1,62 bilhão referentes às emissões diretas.
Com relação ao estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe), houve elevação de 9,55% sobre o estoque apurado em julho, encerrando o mês de agosto em R$ 160,87 bilhões, sendo R$ 146,31 bilhões referentes à dívida mobiliária e R$ 14,56 bilhões à dívida contratual. A variação do estoque no mês é devido a emissão líquida de R$ 39,62 e apropriação positiva de juros de R$ 41,37 bilhões.
Detentores
O estoque do grupo Previdência apresentou redução no mês, passando de R$ 998,89 bilhões para R$ 945,51 bilhões, entre julho e agosto. Com isso, a participação relativa do grupo caiu para 24,16%. Já as instituições financeiras, tiveram seu estoque ampliado em R$ 23,44 bilhões, alcançando R$ 897,43 bilhões no mês. Assim, a participação relativa passou de 22,72% para 22,93%.
Os fundos de investimento também elevaram o estoque, passando de R$ 972,83 bilhões para R$ 1,062 bilhões no mesmo período. Os não-residentes, por sua vez, apresentaram aumento de R$ 1,53 bilhões no estoque, o que reduziu a participação relativa do grupo de 12,31% para 12,14%. O grupo governo apresentou participação relativa de 3,97% em agosto e o estoque das seguradoras encerrou o mês em R$ 156,35 bilhões.
Sobre o fluxo de participação do grupo de não-residentes, o coordenador-geral de Operações da Dívida, Luis Felipe Vital, avaliou que os valores flutuam principalmente devido à variação da taxa de câmbio e a taxa nominal de juros, mas considerou que "o fluxo será maior e mais consistente quando as reformas de governo avançarem, o que tende a gerar um ambiente mais propício para o investimento estrangeiro".
Tesouro Direto
As emissões do Tesouro Direto em agosto atingiram R$ 1.975,10 milhões, enquanto os resgates corresponderam a R$ 2.101,50 milhões, o que resultou em resgate líquido de R$ 126,39 milhões. O título mais demandado pelos investidores foi o Tesouro Selic, que respondeu por 49,96% do montante vendido. Segundo o coordenador-geral Luis Felipe Vital, este é o segundo maior resgate líquido do programa, desde maio, devido ao pagamento de juros, e segundo ponto, foi ao resgate líquido do Tesouro Selic e IPCA+.
O estoque do Tesouro Direto alcançou R$ 58.134,58 milhões, o que representa um aumento de 0,56% em relação ao mês anterior. O título com maior representação no estoque é o Tesouro IPCA+, que corresponde a 35,42% do total, seguido pelo Tesouro Selic com 34,45%.
Em relação ao número de investidores, 224,395 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto em agosto. Desta forma, o total de investidores cadastrados chegou a 4.803.310, o que representa um incremento de 90,01% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Este mês, 224 mil novos investidores cadastrados. Na avaliação de Vital, o programa Tesouro Direto vem se consolidando como uma modalidade democrática de investimento, com 67,5% de investidores aplicando até mil reais e com possibilidade de investir a partir de R$ 30.
Estimativas para setembro
Conforme a avaliação do Tesouro, as preocupações com desaceleração do crescimento global continuam impactando mercados emergentes. Em setembro, os juros locais cederam com mercado ajustando as expectativas de juros futuros. No mercado doméstico, houve fatores positivos em relação a queda das taxas de juros. Observando um mercado com queda na taxa de juros facilitando as taxas dos leilões futuros.
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Entrevista coletiva sobre o Relatório Mensal da Dívida Pública Federal (DPF) de agosto
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