Economia
Comércio exterior
Balança comercial traz agora classificação de produtos por setor de atividade econômica
A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia (Secex/ME) adotou uma nova metodologia para a divulgação dos resultados semanais do comércio exterior de bens. O modelo adota a nova classificação de produtos quanto ao setor de atividade econômica – Agropecuária, Indústria Extrativa, Indústria de Transformação –, detalhada pelas subposições da Classificação Uniforme para o Comércio Internacional (CUCI). Essas classificações são internacionais, recomendadas pelas Nações Unidas, e utilizadas por outros órgãos compiladores de estatísticas.
“Outro aprimoramento é o fato de que a publicação é mais extensa, com mais análises, e apresenta uma lista de produtos completa, que se aplica tanto às exportações quanto às importações”, avaliou o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão.
Com as novas classificações, a Secex busca alinhar ainda mais a compilação e divulgação das estatísticas ao International Merchandise Trade Statistics (IMTS), um manual de referência do comércio exterior. Os novos métodos também proporcionam maior coerência e possibilidade de comparação das informações divulgadas, tanto com dados de outros países quanto com informações do IBGE, por exemplo. A nova publicação, disponível na área de Estatísticas de Comércio Exterior do portal do Ministério da Economia, é gerada automaticamente, reduzindo a possibilidade de erros e aumentando a qualidade e a transparência dos dados da balança comercial brasileira.
Substituição do Fator Agregado
Essas classificações devem ser adotadas em todas as divulgações oficiais das estatísticas de comércio exterior, em substituição ao Fator Agregado – que se subdivide em básicos, semimanufaturados e manufaturados – e suas aberturas de produtos. “Para evitar que os usuários sofram com uma descontinuidade abrupta, será divulgada uma lista de compatibilização entre a classificação antiga, Fator Agregado, e a nova, Classificação Internacional de Bens por Atividade Econômica (Ciba)”, explicou Brandão.
Ele lembrou que, por estarem sujeitas à volatilidade imposta pela própria origem dos dados de exportação e importação – correções, atualizações, ajustes e cancelamentos –, as publicações semanais são preliminares. Portanto, devem ser descartadas após a publicação dos dados consolidados mensais. O subsecretário destacou ainda que o Brasil é o único país que divulga semanalmente todo o fluxo de exportação e importação de bens de forma desagregada.
Mais acessos
A Balança Comercial Semanal é um dos produtos mais acessados do portal do Ministério da Economia. Foram cerca de 150 mil acessos somente no último ano, que partiram de profissionais de imprensa, investidores, pesquisadores, empresários e do público em geral interessado em comércio exterior.
O novo produto está em período de testes e a publicação usual vai ser descontinuada no primeiro semestre de 2020. “Ao longo dos próximos meses, as publicações mensais de Balança Comercial Mensal, Comex Stat, Comex Vis e Séries Históricas também passarão por ajustes para contemplar as novas classificações oficiais”, antecipou Herlon Brandão.
Saiba mais
Principais pontos da nova publicação da Balança Comercial Semanal:
- Tabela Setores, com maior grau de detalhes, padronizada para exportação e importação, expondo o acumulado do mês corrente (acumulado das semanas) em nível de Setores e Produtos (CUCI).
- Novos gráficos e tabelas, mantendo o aspecto descritivo e buscando expor aspectos mais analíticos.
- As publicações foram automatizadas, reduzindo a chance de erros causados pela confecção manual.
- A tabela de Commodities foi mantida nos moldes atuais da divulgação.