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Secretário de Fazenda ressalta importância da coleta de informações para moldar políticas públicas
O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, reiterou na manhã desta terça-feira (27/8), em Brasília, a confiança no protagonismo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) para coleta de informações de qualidade, voltadas ao aperfeiçoamento da análise econômica no país.
“Como o IBGE está vinculado à Secretaria Especial de Fazenda, temos uma interação grande, reforçando sua importância na coordenação do sistema de estatísticas nacional”, frisou, durante a abertura do workshop “O futuro da estatística: uma discussão sobre o uso de registros administrativos no Brasil”.
De acordo com o secretário, o objetivo é aperfeiçoar a geração de informações, evitando que haja retrabalho no coleta dos dados pelos mais diferentes órgãos da administração pública. “O que se espera em termos de geração de informação é que elas sejam sempre mais eficientes e tenham menor custo de produção”, observou.
Waldery destacou que o papel do IBGE é fundamental para que as políticas públicas sejam bem desenhadas. Segundo ele, as leis econômicas são universais, não mudam com o passar dos anos e nem mesmo entre os mais diferentes países. “Porém, o input da análise econômica pode sempre ser melhorado, por exemplo, com dados de qualidade, que tragam implicações no avanço do país”, afirmou.
Desafios
O secretário de Fazenda lembrou que a previsão atual do governo é de crescimento de 0,81% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2019, mas informou que há indicadores de que esse número poderá aumentar. “Há reformas em andamento, medidas de estímulo para crescimento do mercado de capitais e medidas de fortalecimento do mercado de crédito”, exemplificou, sempre citando a importância da coleta de dados para elaboração das medidas.
A presidente do IBGE, Susana Guerra, ressaltou no workshop os constantes desafios do órgão, citando a importância de aproveitar os avanços tecnológicos para coleta de informações; o aperfeiçoamento do sistema de armazenamento dos dados, com frequente atualização, assegurando um “cadastro vivo”; a garantia de sigilo e privacidade das informações; a construção de uma comunidade de usuários que se beneficiem dos dados gerados; e a contínua avaliação da qualidade das informações.
“Essa constante avaliação possibilita empregar menos recursos no campo (de coleta dos dados) e mais na qualidade das informações”, analisou.
Também participou do evento a diretora do Banco Mundial, Paloma Casero. Para ela, esse é um tema de interesse internacional, pois o maior capital da modernidade em todo o mundo vem sendo a quantidade de informações geradas e coletadas digitalmente. “Há uma imensa importância em discutir a inovação no âmbito da estatística”, finalizou.