Economia
Institucional
Montezano assume presidência do BNDES e promete devolução de recursos ao Tesouro Nacional
Na cerimônia de posse do novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento e Sustentabilidade (BDNES), Gustavo Montezano, nesta terça-feira (16/7), no Palácio do Planalto, o presidente da República, Jair Bolsonaro, declarou que o banco deverá servir ao cidadão, mantendo o princípio da transparência. “Queremos um BNDES transparente, um BNDES servindo ao povo, esse povo a quem nós devemos ter uma terrível lealdade, que nos orgulha”, afirmou,
Bolsonaro também destacou que o Brasil será incluído em um novo patamar internacional. “Vamos colocar o Brasil onde ele sempre mereceu estar. Sinto que o Brasil alcançará um local de destaque no cenário internacional”, disse.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, elencou as prioridades que devem ser definidas pelo banco a partir deste momento. Segundo ele, o BNDES deverá devolver os empréstimos concedidos pela União e vai auxiliar na aceleração do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) e nas privatizações.
“Vamos despedalar o banco. Devolver o dinheiro para a União, para reduzir o seu endividamento e baixar os juros no segmento livre. O dinheiro tem que ser baixo para todo mundo. Queremos acelerar as PPI’s . Queremos acelerar as privatizações”, afirmou o ministro.
Guedes disse ainda que outro papel que o BNDES deverá exercer é o de ajudar estados e municípios em programas de saneamento básico e em sua reestruturação financeira. “Há 40 mil crianças que morrem no Brasil por falta de saneamento. A média de vida do Nordeste é mais baixa por causa de mortalidade infantil, porque falta saneamento”, pontuou Guedes.
Transparência e metas
Gustavo Montezano é graduado em engenharia pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e mestre em Finanças pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec). Tem 17 anos de carreira no mercado financeiro. Ele substitui Joaquim Levy, que deixou o cargo no início de junho.
Em seu discurso de posse, o novo presidente do BNDES afirmou que a transparência norteará a sua administração. E citou as metas do banco para os próximos seis meses. A primeira será a abertura da “caixa preta” do banco, seguida pela venda de participações especulativas em Bolsa de Valores – o banco ainda tem algo da ordem de R$ 100 bilhões – e a devolução de recursos de R$ 126 bilhões ao Tesouro Nacional, ainda este ano.
“Vamos melhorar a qualidade dos serviços para o Estado brasileiro e fazer um plano trianual, com orçamento, dimensionamento e metas. A partir de agora o BNDES será menos banco e mais desenvolvimento. O foco não será o lucro, será a sustentabilidade financeira”, definiu.