Economia
Energia
Entenda o que representa o gás natural para o mercado brasileiro
O governo anunciou no último mês de junho as diretrizes para o novo mercado de gás natural, por meio da quebra do monopólio da Petrobras, da melhoria da regulação do transporte e de incentivos à modernização da regulação da distribuição. O objetivo da medida é reduzir fortemente o preço da energia e o custo da indústria no país.
O gás natural é um combustível fóssil não renovável, mas com baixo impacto ambiental, por emitir menos poluentes que o carvão ou o petróleo, por exemplo. Encontradas em jazidas ou depósitos subterrâneos, as reservas de gás natural estão normalmente associadas ao petróleo, já que as duas substâncias passam por um processo de transformação semelhante e se acumulam no mesmo tipo de solo. Com o Pré-Sal e com o leilão do excedente da cessão onerosa, a expectativa da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (Secap) do Ministério da Economia é que a produção de gás dobre no Brasil nos próximos dez anos. Atualmente, ele representa cerca de 13% da matriz energética brasileira.
Diferente do gás de cozinha, o gás natural é considerado o gás da indústria já que, após tratado e processado, possui grande teor energético sendo muito aproveitado tanto para a geração de energia quanto como matéria-prima nos mais diversos segmentos industriais como a produção de alimentos, vidro, plástico, fertilizantes, produtos de beleza e materiais de construção, por exemplo.
Por isso, a redução do preço do gás natural, por meio da maior competitividade no setor, tem potencial para diminuir fortemente o custo do setor industrial no país tornando a nossa indústria muito mais competitiva.
“Com a abertura, teremos um gás mais competitivo, o que vai tornar nossa indústria também mais competitiva. Além de concentrado, hoje, o nosso mercado não apresenta incentivos à eficiência no segmento de distribuição. Essa é uma oportunidade única para reativar a nossa industrialização e gerar mais oportunidades de investimento, emprego e renda para o país”, defende o secretário de Políticas Públicas, Planejamento, Energia e Loteria do Ministério da Economia, Alexandre Manoel.
Além disso, como em torno de 20% do total do gás de cozinha (GLP) tem origem no gás natural, a medida tem potencial para atingir também o gás de cozinha, reduzindo o valor do gás de botijão.