Economia
Desburocratização
Conferência internacional debate o fim da burocracia no governo federal
O lançamento da Conferência Internacional – Burocracia+Desenvolvimento, na manhã desta terça-feira (2/7), em Brasília, reuniu autoridades do Ministério da Economia, do Tribunal de Contas da União (TCU) e membros da sociedade civil organizada para debater e apresentar soluções concretas voltadas à desburocratização com vistas ao desenvolvimento econômico do país.
O secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Paulo Uebel, participou das discussões sobre o ambiente de negócios no Brasil e destacou que a falta de competitividade é um problema de toda a sociedade e não apenas dos empresários brasileiros.
“Um ambiente de negócios ruim aumenta o custo de transação, que, por consequência, aumenta o custo de produtos e serviços. A burocracia contribui para a desigualdade social, para a pobreza e para a falta de desenvolvimento de nosso país”, explicou.
Uebel frisou ainda que o excesso de burocracia acaba criando um ambiente propício à corrupção. “Quanto mais entraves e dificuldades, maior vão ser as oportunidades para a venda de facilidades. Por isso é tão importante acabar com a essa burocracia que é um fim em si mesmo”, disse.
Na abertura do evento, o secretário-executivo adjunto da Economia, Miguel Ragone, destacou a importância do debate. "É uma grande oportunidade podermos debater menos burocracia e mais desenvolvimento. A digitalização de documentos, por exemplo, pode ser uma boa oportunidade, um instrumento rico para o fim do excesso de burocracia. O ideal é que tenhamos pouca burocracia, sem ciclos de aumento e diminuição de entraves, para que o desenvolvimento da economia seja um fator constante".
O secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do Ministério da Economia, Caio Megale, destacou que o programa Simplifica tem como objetivo articular a remoção de obstáculos à produtividade e à competitividade das empresas. Ele reforçou a importância de montar um sistema de análise e priorização, para mapear dentro do governo ou da sociedade as áreas nas quais estão os gargalos que prejudicam a produtividade, e gradativamente desburocratiza-los. “A junção de esforços, entre as três esferas governamentais – municipais, estaduais, federais – é fundamental para que esse programa tenha sucesso. Para que essa desburocratização de fato aconteça”, ressaltou.
Já o presidente da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), Guilherme Costa, afirmou que a Associação quer fazer parte da construção de soluções que transformem de forma efetiva a economia brasileira. “É essa a nossa responsabilidade. Após o lançamento de hoje, o setor privado terá 90 dias para encaminhar sugestões concretas ao governo para que analise a viabilidade de cada uma na base para novas políticas públicas”, afirmou.
Conferências
As Conferências Internacionais foram idealizadas pela Abrig com o objetivo de reunir a sociedade organizada e o setor público na busca de soluções transversais concretas que, de forma ética e transparente, possam se transformar em políticas públicas.