Portugueses conhecem modelo de compras públicas do Brasil

Integrantes da Secretaria de Desburocratização, Gestão e Governo Digital iniciaram, nesta segunda-feira (17/6), conversas com empresários do setor de tecnologia de Portugal interessados em oferecer soluções para o governo brasileiro. As reuniões com a missão portuguesa acontecem até amanhã (18/6) na Secretaria de Gestão do Ministério da Economia.

Na abertura do encontro, o secretário de gestão, Cristiano Heckert, ressaltou a importância do uso da tecnologia nas transformações em curso no governo. “Nossa gestão está baseada em três pilares, todos ancorados em tecnologia: digitalização de serviços para a sociedade, de processos administrativos e a reestruturação do Estado”. Segundo Heckert, a informática tem sido o viabilizador das mudanças, mas também o gargalo dessas inovações. “Temos bons parceiros. Porém, buscamos soluções inovadoras que nos ajudem na modernização do Estado numa velocidade maior”, disse.

O secretário-adjunto da Secretaria de Governo Digital, Ulysses Melo, reforçou a necessidade da transformação digital e apontou como um grande desafio a digitalização de mil serviços num período de dois anos. “Dos 2,9 mil serviços que prestamos à população, 40% são digitais. Temos a meta de digitalizar outros 450 este ano e 550 em 2020. Queremos apresentar nossa realidade a vocês e conhecer a solução que tenham a nos oferecer”, acrescentou Melo aos integrantes da Associação Nacional das Empresas de Tecnologias de Informação e Eletrônica (Anetie) de Portugal. Os empresários portugueses procuraram a Secretaria de Gestão, buscando aproximação com o governo brasileiro.

O objetivo do encontro, segundo o vice-presidente da Anetie, António Costa, é estreitar o relacionamento entre os dois países e estimular a cooperação bilateral. “Queremos conhecer o setor público de outros países. E acreditamos que possamos oferecer produtos inovadores para vocês”, informou. Nos dois dias de encontro, os portugueses conhecerão os processos de contratações públicas, sistemas de centralização de compras no Brasil e requisitos de acesso ao mercado brasileiro. Além disso, serão identificadas áreas para troca de informações e de parceiros nos dois países.