Economia
Gestão
Modernização do setor público depende de avanços tecnológicos
A tecnologia da informação (TI) é solução ou obstáculo a uma administração pública mais eficiente e racional? O questionamento é do secretário de gestão do Ministério da Economia, Cristiano Heckert, apresentado no 5º Fórum IBGP de Governança de TI, que acontece até sexta-feira (7/6), no auditório da Fundação Habitacional do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília.
“A TI é essencial para a administração pública. Mas como ela pode agregar mais valor para o nosso trabalho? Até que ponto a tecnologia torna-se um empecilho a mudanças na administração pública?”, provocou Heckert. Segundo ele, a tecnologia de informação é o principal gargalo da secretaria para avançar na modernização da gestão.
A tecnologia de informação é a base da agenda de transformação da administração pública em curso na Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do ministério, à qual a Secretaria de Gestão está subordinada. A agenda possui três pilares: transformação digital de serviços, transformação institucional e reforma do Estado. Na primeira, a preocupação é automatizar os serviços prestados ao cidadão e levar para o mundo digital tudo o que for possível dentro dos 2,9 mil serviços prestados pelo governo federal. “A ideia é tirar o cidadão de frente do balcão e oferecer novos canais para ele se relacionar com o governo, por meio da tecnologia, dando mais comodidade e eficiência”, explica o secretário.
Cabe à Secretaria de Gestão a transformação dentro das instituições, com a digitalização dos processos internos da administração, entre eles a adoção do processo eletrônico nacional; a informatização dos sistemas de logística (compras de materiais); a criação da Plataforma + Brasil para operar as transferências de recursos da União; e a revisão de prestação de serviços com base na tecnologia, a exemplo do Táxi Gov, Almoxarifado Virtual, Painel de Preços, Compras de passagens aéreas etc.
“Enfim, a tecnologia está por trás de todas as transformações que estamos fazendo. Mas, ao mesmo tempo, esbarramos nas limitações tecnológicas para avançar nas mudanças. Nossos provedores, infelizmente, não têm conseguido responder às nossas demandas na velocidade de que necessitamos”, conclui o secretário de gestão.
Participaram do debate no 5º Fórum IBGP de Governança de TI, o chefe do Centro de Desenvolvimento de Sistemas do Exército, General de Brigada Eduardo Wolski, o secretário de TI do Tribunal Superior Eleitoral, Giuseppe Janino, e o secretário de controle interno do Ministério da Defesa, Paulo Grazziotin.