Economia
Nova Previdência
Guedes: se a reforma for desidratada poderá comprometer o futuro das novas gerações
- Foto: Gustavo Raniere/ME
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na tarde desta quarta-feira (13), durante transmissão de cargo de presidente do Banco Central do Brasil (BC), que a Nova Previdência precisará de uma potência fiscal de no mínimo R$ 1 trilhão.
"Essa geração precisa ter coragem de pagar o custo de R$ 1 trilhão. Sempre digo, vocês não vão derrotar o projeto do Paulo, mas sim dos seus filhos e netos", alertando que, se a proposta for desidratada pelo Congresso, poderá comprometer o futuro das novas gerações.
Guedes afirmou também que o envio do novo pacto federativo ao Congresso Nacional poderá ser adiado, caso interfira na tramitação da Previdência. “Se o pacto federativo for atrapalhar, a proposta pode ser retirada", afirmou, reforçando que a reforma é a prioridade do governo. Guedes destacou que, apesar do possível adiamento, o novo pacto federativo é uma agenda positiva para ajudar estados e municípios, que estão em situação financeira crítica.
Banco Central
O ministro afirmou que a gestão do novo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, terá apoio da dimensão fiscal do governo. Durante a cerimônia, Campos Neto, pontuou algumas das diretrizes que serão seguidas pelo Banco e destacou a importância de se manter os ganhos na condução da política monetária.
"É importante mantermos os ganhos recentes alcançados tanto na condução da política monetária, que tem se baseado na cautela, na serenidade e na perseverança, quanto na Agenda BC+ em seus quatro pilares", afirmou o presidente do Banco Central.
O economista disse que será necessário realizar um aprofundamento da Agenda BC+ para que seja possível promover um amplo processo de democratização financeira. De acordo com Campos Neto, até o presente momento, o processo estava focado na garantia de acesso a serviços de pagamento e ao mercado de crédito.
Ipea
O Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea) também tem um novo titular. O economista Carlos Von Doellinger, que também tomou posse nesta quarta-feira (13).
O ministro Paulo Guedes esteve presente e destacou a importância do instituto nas políticas a serem implementadas pelo novo governo. “O Ipea foi minha primeira casa. Quando cheguei do doutorado, o Ipea já era uma referência. É uma casa de inteligência e de apoio ao governo”. Guedes elogiou a escolha do novo presidente: "Von Doellinger é símbolo de alguém que dá importância à dimensão fiscal".
Confira o discurso do ministro da Economia, Paulo Guedes, durante a cerimônia de posse do novo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto