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Estoque da dívida pública federal totalizou R$ 3,874 trilhões em fevereiro
O Tesouro Nacional divulgou nesta quarta-feira (27) o Relatório Mensal da Dívida Pública Federal (DPF) do mês fevereiro. O estoque da DPF apresentou aumento, em termos nominais, de 1,71%, passando de R$ 3,808 trilhões em janeiro para R$ 3,873 trilhões.
A Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) teve seu estoque ampliado em 1,69%, passando de R$ 3,669 trilhões para R$ 3,732 trilhões. O acréscimo é devido à emissão líquida de R$ 36,5 bilhões e apropriação positiva de juros no valor de R$ 25,91 bilhões.
Figura: Emissões e resgates da Dívida Mobiliária Federal Interna (DPMFi)
Fonte: Relatório Mensal da Dívida Pública Federal (DPF) – Fevereiro de 2019 da Secretaria do Tesouro Nacional
Em fevereiro, as emissões da DPMFi alcançaram R$ 55,14 bilhões, sendo R$ 25,67 bilhões em títulos com remuneração prefixada, R$ 7,86 bilhões remunerados por índice de preços e R$ 21,61 bilhões em títulos indexados a taxa flutuante. Desse total, foram emitidos R$ 51,95 bilhões nos leilões tradicionais, R$ 850 milhões em leilão de troca, R$ 2,30 bilhões relativos às vendas de títulos do Programa Tesouro Direto e R$ 30 milhões relativos às emissões diretas.
Segundo o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Luis Felipe Vital, de modo geral “no mês de fevereiro, o mercado externo teve tom positivo, marcado por redução de volatilidade e melhora na percepção não apenas do risco-Brasil, mas também de países comparáveis, como México e Colômbia. Já o mercado doméstico, em fevereiro, foi marcado por relativa estabilidade”.
Com relação ao estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe), houve aumento de 2,24% sobre o apurado em janeiro, encerrando o mês de fevereiro em R$ 141,92 bilhões. Desse total, R$ 127,75 bilhões são referentes à dívida mobiliária e R$ 14,17 bilhões à dívida contratual.
Detentores
Os não-residentes apresentaram aumento de R$ 21,49 bilhões no estoque, o que elevou a participação relativa desse grupo de 11,80% para 12,18%. O grupo Governo teve uma participação relativa de 4,12%. O estoque das Seguradoras encerrou o mês em R$ 156,18 bilhões.
No grupo Previdência, houve variação negativa de estoque, que passou de R$ 918 bilhões para R$ 916,38 bilhões. Instituições financeiras aumentaram o estoque em R$ 17,21 bilhões, atingindo R$ 824,68 bilhões no mês. O grupo Fundos de Investimento também aumentou o estoque, de R$ 992,95 bilhões para R$ 1,016 trilhão.
Figura: Participação relativa dos detentores da Dívida Mobiliária Federal Interna (DPMFi)Tesouro Direto
O maior destaque no mês vai para o índice de operações cujo valor é inferior ou igual a mil reais, que foi de 65% em fevereiro. Esta fração de praticamente dois terços corresponde à maior participação dessa modalidade de operação em toda a série histórica. “Essa é mais uma prova de que o Tesouro Direto tem caminhado em direção ao seu maior objetivo, que é justamente a democratização do acesso ao investimento”, comentou Luis Felipe Vital.
As operações de até R$ 5 mil reais corresponderam a 85% do total. Pelo segundo mês consecutivo, o número de novos investidores ativos — isto é, que efetivamente realizaram operação já no primeiro mês de participação no programa — superou a marca de 50 mil, totalizando 51.161 novos investidores ativos. O total de investidores cadastrados chegou a 3.590.394, o que representa incremento de 80,86% em relação a fevereiro de 2018.
As emissões do Tesouro Direto em fevereiro atingiram R$ 2,304 bilhões, enquanto os resgates corresponderam a R$ 1,590 bilhão, o que resultou em emissão líquida de R$ 714,42 milhões. O título mais demandado pelos investidores foi o Tesouro Selic, que representou 45,70% do montante vendido.
Já no mês de março, o destaque foi a emissão do título ‘Global 2029’ em volume equivalente a um bilhão de meio de dólares estadunidenses e cujo vencimento se dará em 30 de maio de 2029.
Perspectiva
Em sua avaliação, Vital destacou o tom misto que tem marcado o mercado no mês de março. Afirmou que, apesar do aumento da preocupação com a desaceleração do crescimento global, principalmente nos continentes europeu e asiático, a sinalização de que o Banco Central dos Estados Unidos passará mais tempo sem aumentar a taxa de juros tende a ser positiva para mercados emergentes.
Especificamente quanto ao mercado doméstico, Vital afirmou que são esperadas oscilações ao longo do mês de março, “porém, nada fora do padrão de normalidade”.
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