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Brasil e União Europeia investem R$ 2,4 milhões no Projeto Apoio aos Diálogos Setoriais
Brasília, 27/7/2011 – O Projeto Apoio aos Diálogos Setoriais UE-Brasil, coordenado pela Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento (Seges/MP), vai investir este ano cerca de R$2,4 milhões em 27 ações de nove categorias ( veja gráfico ). A previsão é que até 2015 sejam investidos aproximadamente 7,15 milhões de euros (cerca de R$ 16 milhões) no projeto - fruto de parceria entre Brasil e União Europeia.
O projeto contribui com assistência técnica especializada e concede cobertura logística e de recursos para a realização de estudos temáticos, eventos e missões, conduzidos por ministérios, agências do governo federal brasileiro e por suas correspondentes direções-gerais na UE.
“Os diálogos setoriais são uma nova dinâmica de cooperação entre a União Europeia e alguns países emergentes, entre eles o Brasil, explica o Diretor Nacional do Projeto, Samuel Antunes Antero. Segundo ele, há cerca de 20 diálogos em curso com ministérios e agências do governo federal, em diversos segmentos, “discutindo temas muito importantes para ambos os lados, de maneira recíproca e complementar.
Temas prioritários
De acordo com Antero, um dos diálogos setoriais mais avançados é o de políticas de integração nacional. Este ano, serão apoiadas sete ações ligadas a esse diálogo, conduzido pelo Ministério da Integração Nacional.
Uma delas é a produção de estudo e a realização de evento sobre cooperação entre clusters (redes de empresas). “A formação de redes empresariais com campos de ação semelhantes ou complementares ainda não está consolidada no Brasil, apesar de se mostrar, em muitos casos, eficiente para o crescimento da produtividade e do negócio em si, sobretudo para as empresas de menor porte. É uma área em que temos bastante a avançar, afirma.
Desenvolvimento sustentável e mudança do clima é outro tema considerado prioritário por Brasil e União Europeia. Em 2011, quatro ações ligadas a esse diálogo receberão financiamento do projeto, todas coordenadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Antero destaca o projeto que prevê a realização de estudo comparativo sobre as políticas brasileira e europeia de pagamento por serviços ecossistêmicos - os benefícios diretos ou indiretos que as pessoas obtêm dos ecossistemas (produção de alimentos e regulação do clima, por exemplo).
“O pagamento por serviços ambientais é uma alternativa bastante atraente para um país como o Brasil, que tem uma das maiores biodiversidades do mundo, tanto do ponto de vista de gestão ambiental como de desenvolvimento sustentável, avalia Antero.
O diálogo sobre governança no setor público, coordenado pelo MP, é outro em estágio avançado. Uma das ações que receberá apoio nessa área trata da participação social nos processos de elaboração, implementação e avaliação das políticas públicas. “O Ministério do Planejamento e a Secretaria-Geral da Presidência da República buscam aperfeiçoar o processo de escolha dos representantes sociais e os mecanismos de participação social nas políticas públicas já existentes, e a União Europeia tem diversas práticas bem-sucedidas nesse sentido, informa Antero.
Histórico
Na primeira fase do projeto, executada entre novembro de 2008 e maio de 2011, foram investidos 2 milhões de euros no apoio a 37 ações, que envolveram 27 eventos, 12 missões de intercâmbio e cerca de 1300 dias efetivos de trabalho de consultores brasileiros e europeus. Houve a participação de 14 órgãos da administração pública brasileira e de seus congêneres na União Europeia.