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Projeto Formar inaugura mais dez telessalas em Brasília
Brasília, 19/09/2000 - Na próxima terça-feira, 26 de setembro, serão inauguradas mais dez telessalas do Projeto Formar em Brasília, para atender cerca de 250 servidores da administração pública federal que ainda não são alfabetizados ou não completaram o primeiro e o segundo graus. Criado em 1998 pela Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o projeto substituiu o Programa de Formação Educacional Básica, do antigo MARE, e atualmente mantém mais de dois mil alunos em sala de aula, espalhados por 30 órgãos em todo o Brasil.
Cerca de 114 mil servidores federais não têm o nível médio, num universo de 496 mil servidores. Para reverter esse quadro o governo federal vem desenvolvendo o Projeto Formar, que utiliza o método do ensino à distância, além da metodologia convencional, com professores nas salas e material didático tradicional. Um modelo que já foi copiado pelo Senado Federal desde o ano passado e deverá ser implantado no Superior Tribunal de Justiça e no Tribunal Superior Eleitoral.
“É objetivo do governo federal qualificar seu servidor para oferecer um serviço público de melhor qualidade. Isso está previsto no Plano Plurianual 2000/2003 e foi definido pela Política Nacional de Capacitação, de 1998, que prevê a escolarização do servidor, explica Adelita Maria Chaves, do Projeto Formar.
Alguns órgãos estão mais mobilizados. O INSS, por exemplo, pretende instituir o Projeto Formar a nível de toda a instituição, que hoje tem cerca de seis mil servidores sem o segundo grau completo. Mas a mobilização ainda é pequena, na opinião de Adelita Chaves.
“Falta um instrumento legal que dê suporte às áreas de recursos humanos para promover, de fato, a implantação do projeto. Porque a implantação depende, ainda, da sensibilidade de cada dirigente para o problema. Principalmente porque as aulas acontecem no horário de trabalho, para facilitar o acesso dos alunos e por causa da idade deles, que gira em torno de 35 a 50 anos, explica Adelita.
Em geral, os alunos levam seis meses na alfabetização, e de um ano e meio a dois para concluírem tanto o primeiro, quanto o segundo grau. A grade escolar é a mesma do MEC para o ensino formal, e algumas instituições adotam também as cadeiras de filosofia, sociologia e educação artística.
A funcionária do protocolo do CNPq Leidivanda Maia de Oliveira, de 35 anos, é motivo de orgulho para a equipe do Projeto Formar. Completou o nível médio, em 98, terminou o segundo grau em julho deste ano, inscreveu-se num curso de inglês e agora se prepara para o vestibular de administração de empresas. Leidivanda vai dar seu depoimento na aula inaugural das novas telessalas de Brasília. E é forte candidata, daqui a pouco tempo, a entrar numa sala de aula do projeto como professora.
Maiores informações sobre o Projeto Formar no endereço da Internet srhformar@planejamento.gov.br, ou pelos telefones xx-61-313-1538, 313-1385 e 313-1152, 321-0117.