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HUSM-UFSM amplia atuação da Farmácia Clínica
Com essa iniciativa, o farmacêutico participa do planejamento junto a equipe da UTI e realiza a avaliação da farmacoterapia com uma atuação mais direta na unidade
Santa Maria (RS)- O Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM-UFSM), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), deu mais um passo importante para a melhoria da assistência prestada à população. Desde setembro deste ano, ampliou a iniciativa na qual o profissional de farmácia clínica atua diariamente e de forma integral dentro de um setor. Com isso, a Unidade de Cuidados Intensivos Cardiológicos torna-se a segunda unidade no HUSM a utilizar esse novo formato de atendimento.
Ela foi implantada inicialmente na Unidade de Terapia Intensiva adulto (UTI adulto), em março deste ano, em uma ação conjunta da UTI adulto, do Setor de Farmácia Hospitalar (SFH) e da Unidade de Farmácia Clínica e Dispensação Farmacêutica (UFCD) do HUSM.
Com essa iniciativa, o farmacêutico participa do planejamento e realiza a avaliação da farmacoterapia com uma atuação mais direta na unidade. “Os benefícios da atuação do farmacêutico clínico dentro da UCI são diversos. Dentre estes, podemos destacar a segurança do paciente através da análise crítica diária de prescrições e posterior discussão de casos clínicos junto com os demais membros das equipes multiprofissionais que integram a unidade”, comentou Laura Hannel, farmacêutica clínica.
Valquíria Guedes Perlin, também farmacêutica clínica que atua nessas unidades, acrescentou que na avaliação terapêutica do paciente observam-se fatores como dose e vias de administração correta, tempo e eficácia clínica do tratamento, interações medicamentosas e incompatibilidades clínicas, fatores estes que impactam diretamente na eficácia terapêutica. “Além dos benefícios relacionados à segurança e qualidade do cuidado prestado ao paciente, observa-se também impactos econômicos para a instituição, visto melhor aproveitamento de recursos, tanto na gestão logística dos medicamentos, quanto através do manejo de tratamentos ineficazes ou desnecessários”, frisou.
O Hospital conta atualmente com 30 leitos de intensiva, 20 de UTI e 10 de UCI. Elas sinalizaram que os indicadores ainda estão sendo construídos com o intuito de demonstrar os benefícios acima citados. Serão baseados em dados já utilizados em outras instituições e preconizados por órgãos de âmbito nacional e internacional. Todos os dados serão organizados em tabelas com atualizações diárias.
Rosane Oliveira, médica plantonista da UTI, frisou que a conexão permitiu maior fluidez e agilidade nos processos que envolvem os dois setores, dando lugar ao diálogo onde ambos procuram a solução, mas agora compreendendo, cada um, a realidade do outro setor, resultando em melhorias inéditas em processos e/ou etapas, desde prescrição, dispensação e administração de medicamentos ao paciente.
“Neste último aspecto, a troca de informações entre UTI e Farmácia contribuiu tanto para minimizar a ocorrência de eventos adversos (interações medicamentosas, vias de administração e outros) quanto para possibilitar-nos mostrar que, muitas vezes, estaremos trocando um mal maior por um menor. Foi um grande salto em direção ao trabalho conjunto”, pontuou Rosane.
A médica acrescentou ainda que “a participação desse profissional nos rounds multidisciplinares e a presença diária na UTI, tem feito a diferença, pois compartilha esclarecimentos com base na literatura científica, assim como, absorve também informações de natureza semelhante, da parte da nossa equipe, com interesse que foi para nós muito importante”, finalizou.
Sobre a Ebserh
O HUSM-UFSM faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Danielle Morais
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh