"Como é lindo quando conseguimos fazer um trabalho multiprofissional"

Iniciei a Residência em março de 2019, passei em algumas unidades durante o rodízio e acabei fixando na UTI adulto em agosto do mesmo ano. Brinco que essa unidade ganhou meu coração.

A Residência permite um crescimento pessoal/profissional. O cuidado de enfermagem na UTI é caracterizado por atividades assistenciais complexas, que exigem competência técnica e científica com tomada de decisão imediata e adoção de condutas seguras, diretamente relacionadas à sobrevida dos pacientes.

Envolve um conjunto de elementos como tecnologias, conhecimento científico e cuidado humanístico, que no exercício do “ser enfermeiro” envolve o compromisso com o cuidado oferecido, a busca pelo aprimoramento do raciocínio clínico em prol de uma assistência que dê conta de alcançar e satisfazer as necessidades dos envolvidos nesse processo, sem esquecer da humanização da assistência, nesse momento em que estamos com as visitas limitadas na unidade, precisamos buscar estratégias para aproximar a família dos pacientes.

Participo da Comissão do Processo de Enfermagem (Cope) do HU, que busca a implementação/aprimoração do Processo de Enfermagem (PE) na instituição, no qual a utilização do mesmo pelos enfermeiros prioriza o desenvolvimento de um cuidado individualizado, centrado nas demandas oriundas dos pacientes, nas práticas baseadas em evidências e na expertise dos profissionais para o alcance dos resultados planejados.

São tantos momentos que marcaram, destacando-se principalmente os cuidados prestados aos pacientes grandes queimados, que demandam de curativos diários e um trabalho em equipe multiprofissional para sua recuperação/reabilitação. Como é lindo quando conseguimos fazer um trabalho multiprofissional!

Atuar durante a pandemia está sendo de um crescimento profissional inédito enquanto gestão de Enfermagem. Aqui na UTI tivemos que lidar com novos profissionais, com a gestão de EPI, de recursos e materiais e até com a nova estrutura, pois acompanhamos toda a mudança da UTI para atender às demandas da pandemia.

Alexsandra M. da Silva, residente de enfermagem na UTI geral do HU-UFSC/Ebserh.