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Relatos de quem cuida
“Sempre estudei e trabalhei para tratar pacientes com dor”
Meu nome é Ari Ojeda Ocampo Moré, sou filho de mãe chilena e pai brasileiro, daqui de Florianópolis mesmo, onde eu nasci. Portanto, sou manezinho da ilha. Estou no Hospital Universitário como funcionário desde 2013, quando passei no concurso para médico com especialidade em Acupuntura.
Como profissional da área de saúde, sempre estudei e trabalhei na tentativa de tratar pacientes com dor e comecei a minha residência médica em Ortopedia, que é uma especialidade que oferece, muitas vezes, a cirurgia como tratamento e percebi que eu não tinha perfil de cirurgião e que eu poderia auxiliar os pacientes de uma outra forma. Daí, a opção por mudar de rumo e fazer residência médica em Acupuntura.
Logo que me formei em Acupuntura, fui convidado para dar aula na UFSC, uma das poucas universidades federais que têm a Acupuntura como disciplina optativa e daí, juntamente com o professor Li Shih Min, ajudei a ampliar o Serviço de Acupuntura no HU, que já existe há mais de 20 anos. Passei a atuar como professor voluntário e passei no concurso para o HU, em uma atividade pioneira no Brasil – o HU foi um dos primeiros a abrir uma vaga para médico acupunturista.
Aqui é um campo excelente para atuação nessa área e também para a formação de novos especialistas. Digo isso porque atuo como coordenador do serviço de acupuntura e como supervisor da residência médica e acompanho várias pesquisas na área, inclusive com participação de meus alunos em publicações científicas internacionais sobre a acupuntura.
Acredito que todos os profissionais da área da saúde estão passando por um momento de muitos desafios e dificuldades, devido à pandemia. No Serviço de Acupuntura estamos atuando em atividades de linha de frente e de suporte ao plano de contingência do HU referente à Covid-19. Além destas atividades, continuamos nos esforçando no sentido de manter os serviços de atendimento aos pacientes e as pesquisas em andamento nessa área.
Todos estamos mobilizados para ajudar os pacientes e o que vejo é que cada área está tentando se adaptar a este momento que, com certeza, vai passar e nos ajudar a fortalecer cada vez mais o HU como referência em assistência, pesquisa e formação de novos profissionais.
Ari Ojeda Ocampo Moré, médico acupunturista do HU-UFSC/Ebserh.