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INFRAESTRUTURA
Uso correto do ar condicionado melhora o ambiente e reduz custos para o hospital
Qual é a temperatura ideal para uso do ar condicionado? É verdade que é preciso trocar o ar do ambiente? O que fazer para evitar “sumiço” do controle remoto? Para responder a estas e outras perguntas, muito comuns principalmente durante o verão, a equipe de Infraestrutura do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago elaborou um documento com informações e orientações sobre boas práticas na área de climatização e refrigeração.
O engenheiro mecânico Wallace Silva Andrade esclareceu que há muitos vícios ocultos no uso destes equipamentos mas atualmente existe um responsável técnico por esta área e, com isso, é possível apontar alguns pontos que ajudam a minimizar os problemas e garantir um uso mais eficaz do ar condicionado, além de bebedouros, purificadores, renovadores de ar, freezes, geladeiras e conservadoras, por exemplo.
Entre os exemplos de mau uso de equipamentos, a equipe aponta o hábito de deixar portas e janelas abertas, o que prejudica a climatização adequada do ambiente, aumenta os custos do hospital devido ao desgaste dos equipamentos e traz problemas como a umidade e a poluição da área externa.
Tudo isso, além de prejudicar os usuários, eleva os custos com energia e manutenção dos aparelhos. “A título de informação, estudos comprovam que um hospital gasta em torno 50% da energia consumida em sistemas de climatização. Isso significa que o HU gasta R$ 250 mil mensais apenas com a energia gasta em sistemas de climatização”, explicou o engenheiro, em documento enviado para os servidores do hospital. Para ler o documento integral, clique aqui .
Em relação à temperatura, a equipe do Setor de Infraestrutura recomenda o ajuste entre 22 e 24 graus para manter o conforto de todos. Mas é importante salientar que vários ambientes assistenciais têm de seguir normas técnicas de climatização e, nestes casos, qualquer ajuste do ar do setor deve ser feito pela área técnica responsável. De acordo com o documento, ajustar indevidamente o aparelho coloca em risco a saúde dos usuários e, para fazer ajustes é preciso entrar em contato com a equipe téc nica por meio de chamados.
Leia o documento completo: |
Assunto: Climatização e Refrigeração - Informações e boas práticas. Referência : Caso responda este Ofício, indicar expressamente o Processo nº 23820.014739/2019-69. Inicialmente, cabe salientar que o Setor de Infraestrutura Física (SIF) tem buscado atender as demandas de climatização e refrigeração das unidades do HU de modo cada vez mais célere e eficaz. Adicionalmente, é importante frisar que por muito tempo o hospital não possuía um responsável técnico na área, fato que resultou numa enorme quantidade de vícios ocultos que se acumularam gradativamente – prova disso é o colapso no sistema central de climatização ocorrido no último verão. Some-se ainda o fato de que a edificação está se aproximando dos seus 40 anos; e que, durante este período, muitos "ajustes" de layout foram realizados, algumas unidades foram ampliadas e outros serviços foram adicionadas ao prédio do HU. De modo que atualmente, o número de equipamentos dispersos em todo o HU chega a aproximadamente 1200 unidades, onde incluem-se ares condicionados, bebedouros, purificadores, renovadores de ar, freezers, geladeiras e conservadoras, por exemplo. Posto isto, vimos ressaltar e esclarecer alguns pontos importantes, pois temos nos deparado com algumas situações prejudiciais ao adequado funcionamento do hospital. Os principais aspectos vêm do mau uso dos equipamentos e da desinformação sobre normas e procedimentos. A seguir, elenca-se algumas das principais situações observadas e suas consequências. 1. Mau Uso : deixar portas e janelas abertas e/ou abusar da capacidade do ar condicionado afetam o sistema em vários aspectos, além de onerar bastante o HU. As principais consequências desse tipo de comportamento são: a. O ar condicionado não consegue equalizar a temperatura, pois o local a ser climatizado “cresce indefinidamente” através da porta ou janela. Como resultado o equipamento trabalha com sobrecarga na tentativa de alcançar a temperatura ajustada em um ambiente muito maior do que aquele para o qual foi projetado. Resultado, peças (principalmente o compressor) com desgaste prematuro e solicitações para reparo cada vez mais frequentes. b. A umidade do ambiente externo invade o local que possui ar condicionado, como resultado ocorre a condensação e o aparelho começa a gotejar pelas aletas de distribuição. Frequentemente, recebemos solicitações com queixas de gotejamento oriundas desse tipo de mau uso. c. Assim como a umidade, as sujidades dos ambientes adjacentes também entram no local que deveria estar fechado, como resultado há perda de eficiência, desgaste excessivo das peças e possível proliferação de fungos. d. Ajustar a temperatura abaixo do recomendado causa o desgaste prematuro do equipamento e impacta fortemente na conta de energia. Recomenda-se manter o ajuste para conforto entre 22 e 24 °C. A título de informação, estudos comprovam que um hospital gasta em torno 50% da energia consumida em sistemas de climatização. Isso significa que o HU gasta R$ 250 mil mensais apenas com a energia gasta em sistemas de climatização. e. Sobrecarga no resfriador central (chiller). Importante salientar que as seguintes unidades: UTI Neonatal, UTI Adulto, Internação pediátrica, Urgência Pediátrica, Ambulatório de Pediatria, Clínicas Médicas, Clínica Cirúrgica I, Emergência, Cirurgia Ambulatorial, Centro Cirúrgico, Centro Obstétrico, Centro de Esterilização, Odontologia, Endoscopia e o Bloco Didático estão interligadas à uma mesma central de climatização do HU. Portanto, as situações de mau uso em alguma dessas áreas interfere no rendimento dos equipamentos das outras áreas, e por consequência sobrecarrega o chiller. 2. Normas Técnicas e Tratamento do Ar: Todo ambiente climatizado está sujeito à normas, aliás existem normas ainda mais específicas para os ambientes assistenciais. Assim, é importante frisar alguns pontos: a. Nenhum ambiente assistencial está autorizado a ajustar a temperatura ou a desligar o ar condicionado do setor, pois esta ação colocará em risco a saúde dos seus frequentadores. Muitos locais têm definidos por norma a temperatura e o diferencial de pressão necessários. Para ajustes, o setor deve fazer a solicitação através do sistema de abertura de chamados e a equipe técnica irá avaliar caso a caso a possibilidade de mudança. b. Sobre os sistemas de renovação de ar, é importante ressaltar que todas as áreas assistenciais do HU possuem taxa de renovação conforme previsto em norma, com filtragem adequada. Assim, ao contrário do que se possa imaginar, o ato de abrir as janelas com o intuito de “trocar o ar” ocasiona um efeito reverso, pois permite a entrada de ar sem filtragem. 3. Procedimentos: Outros aspectos que têm sido recorrentes: a. Temos recebido algumas solicitações para substituição de controle remoto por motivo de perda, acontece que em muitos casos o “extravio” é oriundo de causas corriqueiras como alguém tê-lo esquecido no bolso do jaleco, ou mesmo numa gaveta menos acessada; há casos inclusive que o pessoal da manutenção localiza o controle perdido no próprio setor.
b. Solicitação para aquisição de novos equipamentos de ar condicionado também é outra situação recorrente. Cabe reforçar que o sistema de abertura de chamados serve para fins de manutenção e não aquisição de bens permanentes, para este caso deve-se solicitar via ofício, destinado ao setor de infraestrutura, que dará adequado tratamento.
Complementa-se informando que no ano de 2019 foi possível executar a manutenção preventiva nos equipamentos de climatização do Hospital inclusive no resfriador central. Apesar disso, a previsão de um verão mais quente que o habitual reforça a importância de melhorarmos os pontos citados neste Ofício, pois são fundamentais para evitar transtornos nessa época.
Certos de vossa compreensão. Atenciosamente, |