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ENSINO E PESQUISA
Projeto desenvolvido no HU-UFSC é destaque no Programa de Iniciação Tecnológica da Ebserh
Um projeto apresentado no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC), ficou em primeiro lugar no edital do Programa de Iniciação Tecnológica (PIT) da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Trata-se de um protótipo de uma fibra que permite alcançar diretamente, no tratamento a laser, as lesões que se desenvolvem na parte da garganta que fica no fundo da boca, logo atrás da cavidade oral, chamada de orofaringe. O HU-UFSC é vinculado à Ebserh.
O projeto desenvolvido no HU-UFSC foi destaque na manhã desta terça, 9, no Webinário de Iniciação Científica e Tecnológica da Rede Ebserh, evento que marca o encerramento do segundo ciclo do Programa de Iniciação Científica (PIC) e do primeiro ciclo do PIT, programas desenvolvidos em parceria entre a Ebserh e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O estudo, chamado “Efeitos da fotobiomodulação com aplicação direta para analgesia e bioestimulação associada à mucosite orofaríngea induzida por radioterapia” foi desenvolvido pela bolsista Gabriely Franzoi e coordenado pela cirurgiã-dentista e professora Liliane Janete Grando, do Departamento de Patologia da UFSC.
Gabriely explicou que durante o PIT a equipe desenvolveu um protótipo de fibra ótica que pode ser acoplado ao equipamento de laser com a finalidade de alcançar diretamente a região da orofaringe em pacientes que estão recebendo tratamento radioterápico na região da cabeça e pescoço.
“O equipamento de laser já é amplamente utilizado para tratamento de mucosite oral no Ambulatório de Estomatologia do Núcleo de Odontologia Hospitalar do HU-UFSC, mas não existe nenhum equipamento atualmente que aplique o laser diretamente nas lesões que se desenvolvem em orofaringe”, explicou a pesquisadora, que desenvolveu o protótipo em parceria com a empresa DMC Equipamentos
Segundo ela, o protocolo de laserterapia desenvolvido é uma alternativa para melhorar a qualidade de vida dos pacientes que recebem radioterapia na região de cabeça e pescoço, especialmente no que diz respeito aos sintomas de disfagia e odinofagia.
“Participar do PIT foi uma oportunidade única, pois pude desenvolver o trabalho juntamente com uma equipe multidisciplinar e iniciar as aplicações em pacientes que estão em tratamento oncológico”, disse Gabriely, que participou do Webinário de Iniciação Científica e Tecnológica da Rede Ebserh, criado para apresentar os resultados dos projetos desenvolvidos pelos bolsistas e destacar os principais trabalhos da Rede Ebserh.
Durante o webinário, foram apresentados os trabalhos de maior destaque de cada programa. Além da Gabriely, que ficou em primeiro lugar no PIT, o bolsista André Carlos Costa, do MCO-UFBA apresentou o projeto vencedor do PIC com um trabalho sobre fatores clínicos e nutricionais associados à restrição de crescimento extrauterino em prematuros.
A abertura do webinário contou com falas das diretoras de Ensino e Pesquisa e Inovação da Ebserh, Cristiane Carvalho Santos Melo; de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação do CNPq, Dalila Andrade Oliveira; do presidente do CNPq, Ricardo Magnus Osório Galvão e do vice-presidente da Ebserh, Daniel Beltrammi.
Em seguida, a gerente de Ensino, Pesquisa e Inovação Tecnológica em Saúde do HC-UFPE, Cláudia Diniz Lopes Marques, ministrou a palestra “A Inteligência Artificial e a Ética em Pesquisa e Inovação em Saúde na Ebserh”, abordando questões atuais e importantes para a área da saúde.
O evento também contou com discussões sobre políticas afirmativas e a relevância dos programas de iniciação científica e tecnológica, com a palestra de Cleber Santos Vieira, assessor de gabinete da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do MEC.
Sobre a Ebserh
O HU-UFSC faz parte da Rede Ebserh desde março de 2016. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.