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CUIDADO INTEGRADO
HE-UFPel promove exposição de arte com obras de paciente do SUS
No HE-UFPel, arte e saúde caminham lado a lado, promovendo cuidado humanizado e integral
Pelotas (RS) – Desde a tarde da quarta-feira, 18 de dezembro, o Corredor Arte do Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), transformou-se em uma galeria especial. A exposição reúne dez obras do artista visual Théo Gomes, paciente atendido pelo Programa de Internação Domiciliar Interdisciplinar (PIDI) por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). As obras ficarão expostas até o dia 31 de janeiro de 2025, e algumas estão à venda, com reservas realizadas diretamente pelo perfil do artista no Instagram (@th3ogomes). A mostra é aberta ao público.
A iniciativa foi da equipe de Atenção Domiciliar do HE-UFPel, que acompanha Théo em seu tratamento. “A ideia da exposição surgiu da admiração que temos pelo trabalho dele como artista plástico e pela força que ele demonstra ao continuar produzindo sua arte, mesmo enfrentando uma doença. A arte é uma forma de ele expressar seus sentimentos e encontrar sentido na vida”, explicou a enfermeira Raquel Oliveira Pinto, integrante da equipe responsável pelo cuidado domiciliar.
A enfermeira também compartilhou sua experiência na área de Atenção Domiciliar. “Após um mês trabalhando na área hospitalar, solicitei a troca para a Atenção Domiciliar por já ter experiência em saúde pública e especialização na área. Meu papel como enfermeira assistencial na Unidade de Atenção Domiciliar e Cuidados Paliativos é garantir uma assistência de qualidade, responsável e resolutiva, sempre pautada nas melhores práticas de cuidado”, explicou.
Além disso, destacou a importância dos cuidados paliativos no trabalho realizado pela equipe interdisciplinar do PIDI. “Nosso objetivo é cuidar não apenas dos pacientes, mas também de suas famílias, promovendo acolhimento e suporte integral. Essa exposição é um exemplo de como buscamos ir além do cuidado clínico, valorizando a individualidade e os talentos de cada pessoa”.
Arte como terapia
A exposição nasceu do olhar atento, empático e sensível da equipe de Atenção Domiciliar do HE-UFPel, que reconheceu na arte de Théo não apenas um talento, mas também uma forma de expressão e de enfrentamento da sua condição de saúde. Segundo Raquel, “Sempre que atendemos alguém, devemos pensar em como gostaríamos de ser atendidos. Empatia, comunicação clara, respeito e compaixão são indispensáveis para uma assistência de qualidade, porque nos aproximam dos nossos pacientes e tornam nossas relações mais humanas”.
Por meio da arte, Théo encontra uma maneira de enfrentar os desafios impostos pela doença. Suas telas refletem emoções e experiências pessoais, transformando o corredor do HE em um espaço de inspiração e reflexão para pacientes, acompanhantes, acadêmicos e profissionais da saúde. Raquel reforçou: “É muito gratificante ver o trabalho dele sendo reconhecido dessa forma. Isso mostra que o cuidado humanizado vai além dos procedimentos assistenciais; ele está na valorização da história e das capacidades de cada paciente”.
A enfermeira deixou uma mensagem: “Como profissionais de saúde, precisamos estar atentos às nossas responsabilidades, tanto na busca constante por conhecimento quanto na forma como nos relacionamos com pacientes e familiares. Empatia, comunicação clara, respeito e compaixão são indispensáveis para uma assistência de qualidade”. E concluiu: “Sempre devemos nos perguntar: ‘Como eu gostaria de ser atendido?’ Isso nos ajuda a construir relações mais humanas e próximas”.
Sobre a Ebserh
O HE-UFPel faz parte da Rede Ebserh desde 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Andreia Pires
Foto Talita de Oliveira Barboza Garcia
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh