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Acolhida marca retorno das atividades dos estagiários de enfermagem do HE
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Na semana passada ocorreu o retorno das atividades dos estagiários de enfermagem no Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE UFPel), que estavam afastados em função da pandemia. Para recepcioná-los, foi realizada uma acolhida de apresentação da instituição e orientações, bem como a entrega de um folder.
O enfermeiro Rodrigo Prestes ficou a cargo da ocasião e convidou os presentes a uma reflexão. “Enquanto enfermeiro do serviço de nutrição entendo que para além do corpo, precisamos nutrir também aquilo que podemos chamar de alma e nada melhor para isso do que a arte. Entre as manifestações artísticas a mais simples é a poesia, por este motivo fiz questão de recitar aos participantes meu poema favorito e o disponibilizo aqui para quem tiver sensibilidade de compreender a mensagem mais profunda; afinal, todos nós, em algum momento, paramos e pensamos: e SE tudo que estamos vivenciando fosse diferente?”.
SE
Se és capaz de manter a tua calma quando
Todo o mundo ao teu redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando,
E para esses no entanto achar uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
Ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
E não parecer bom demais, nem pretensioso;
Se és capaz de pensar – sem que a isso só te atires;
De sonhar – sem fazer dos sonhos teus senhores;
Se, encontrando a desgraça e o triunfo, conseguires
Tratar da mesma forma a esses dois impostores;
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
Em armadilhas as verdades que disseste,
E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
E refazê-las com o bem pouco que te reste;
Se és capaz de arriscar numa única parada
Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado, tornar ao ponto de partida;
De forçar coração, nervos, músculos, tudo
A dar seja o que for que neles ainda existe,
E a persistir assim quando, exaustos, contudo
Resta a vontade em ti que ainda ordena: "Persiste!";
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes
E, entre reis, não perder a naturalidade,
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
Se a todos podes ser de alguma utilidade,
E se és capaz de dar, segundo por segundo,
Ao minuto fatal todo o valor e brilho,
Tua é a terra com tudo o que existe no mundo
E – o que mais – tu serás um Homem, ó meu filho!
Rudyard Kipling