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Outubro Rosa reforça a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama
O mês de outubro é dedicado, mundialmente, para a conscientização sobre a importância dos cuidados com a saúde da mulher, especialmente ao diagnóstico precoce do câncer de mama, que é o segundo tipo mais comum de câncer entre as mulheres, depois do câncer de pele não melanoma.
O câncer de mama ocorre a partir de uma multiplicação incontrolável de células anormais, resultantes de alterações genéticas. Há vários tipos de câncer de mama.
Fatores de Risco
O desenvolvimento da doença está relacionado a diversos fatores, dentre eles os hormonais como primeira menstruação antes dos 12 anos, menopausa após os 55 anos, primeira gravidez após os 30 anos e uso de terapia de reposição hormonal, E os ambientais, como sedentarismo, sobrepeso, como sobrepeso, inatividade física, consumo de bebidas alcoólicas e a hereditariedade, como histórico de câncer de mama em familiares de primeiro grau, sendo que o risco de incidência aumenta a partir dos 50 anos de idade.
Proteção e acompanhamento
Na maioria das vezes, os tumores são descobertos pelas próprias mulheres. Assim, é fundamental que cada mulher conheça bem o seu corpo e especificamente suas mamas, pois isso facilita a percepção de possíveis alterações. Dessa forma, o autoexame das mamas é o primeiro passo para detectar precocemente a doença e é recomendado para todas as mulheres a partir dos 20 anos de idade. Esse exame deve ser feito sempre sete dias após o início da menstruação.
A partir dos 40 anos de idade, as mulheres devem realizar, anualmente, a mamografia, exame que permite a identificação de lesões não palpáveis.
A primeira precaução é o autoexame, no entanto, a mulher não deve limitar-se a ele. A consulta ginecológica anual e a atenção aos sinais emitidos pelo corpo, como o aparecimento de secreções e dores, são essenciais para prevenir e tratar qualquer problema.
Diagnóstico e Tratamento
Existem vários exames que podem ser realizados para verificar se há alterações nas mamas, mas o único que confirma o câncer de mama é a biópsia. Assim, quando é detectado um nódulo que pode ser associado à doença, serão solicitados os exames de imagem necessários para auxiliar o fechamento do diagnóstico, como ultrassonografia, ressonância magnética e mamografia. O tratamento combina abordagem local, que envolve a cirurgia e radioterapia e a sistêmica, que atinge o corpo todo por meio de medicamentos, incluindo quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos. Cada paciente precisa de uma avaliação individualizada que irá definir o melhor tipo de tratamento.
Atendimento no CHC-UFPR/Ebserh
Por ser um hospital terciário, ou seja, que atende casos de alta complexidade, as pacientes atendidas no ambulatório de mastologia são encaminhadas por uma Unidade Básica de saúde, onde realizam o atendimento primário.
Para o correto diagnóstico e seguimento em mastologia, o Complexo conta com aparelhos de tomossíntese, mamografia, estereotaxia e ultrassonografia. A estrutura ambulatorial da instituição garante a segurança e o conforto da paciente que pode agendar consultas médicas em um mesmo dia, sem a necessidade de deslocamento para outro hospital. Todo o tratamento cirúrgico e sistêmico é realizado nas dependências do CHC-UFPR/Ebserh.
Após o tratamento de câncer de mama, a paciente permanece em vigilância por um período de 5 a 10 anos, dependendo do risco de recorrência da doença. São agendadas consultas semestrais intercaladas entre oncologia clínica e mastologia. Além da mamografia anual, exames de imagem como tomografia, ressonância e ultrassonografia podem ser utilizados conforme a suspeita clínica.
Além disso, as pacientes são acolhidas por assistentes sociais. Esse acolhimento ocorre desde quando a paciente tem conhecimento de seu diagnóstico até a conclusão do tratamento, permitindo esclarecimentos sobre seus direitos sociais, trabalhistas e previdenciários e proporcionando encaminhamentos para a rede de proteção social, quando necessário. As ações desenvolvidas por assistentes sociais contribuem não só para garantir direitos dos pacientes, mas para tornar o atendimento humanizado e de qualidade.
Os casos de maior complexidade, com necessidade de reabilitação após o tratamento, são atendidos em conjunto pelas equipes de cuidados paliativos, fisioterapia, cirurgia plástica e psicologia, além da mastologia.