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REGULAÇÃO
HUGG é o hospital federal do Rio de Janeiro que mais ofertou vagas de 1ª consulta para o SISREG em 2023
Fazendo jus a um trabalho sério e competente de gestão, os números fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde referentes ao Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), confirmam o crescimento constante do HUGG nos últimos três anos. No período foram mais de 43 mil atendimentos, sendo 7.431 de primeira consulta apenas no primeiro quadrimestre de 2023.
“Devemos nosso atendimento ao serviço público e isso demanda uma forma de organização e hierarquização. Antes ofertávamos poucas vagas e as pessoas, em geral, não tinham acesso ao HUGG, desvirtuando a razão de ser do SUS, que preza pela transparência. Basicamente democratizamos esse ingresso. Isso nos orgulha muito. Estamos dando uma resposta à sociedade pelo que ela nos paga.”, explicou João Marcelo Ramalho Alves, superintendente do HUGG.
Essas vagas informadas são do SISREG (Sistema de Regulação da Prefeitura do Rio) e estão disponíveis no Portal da Transparência. “A partir daí entendemos que o HUGG tem feito seu papel, melhorando e crescendo, nesse ponto, inclusive. Além disso, quando levamos em consideração que o município do Rio de Janeiro tem 178 unidades que executam vagas de primeira vez, ficarmos em 26º lugar é um diferencial”, completou Ana Carolina Maia, chefe do Setor de Contratualização e Regulação do HUGG.
O grande propósito e obstáculo da regulação em saúde é propiciar o cuidado correto em tempo oportuno aos usuários do Sistema Único de Saúde, tendo como diretrizes os princípios que orientam o SUS, que são: a universalidade, a equidade e a integralidade. Por isso, para atingir esses marcos, de acordo com a gestora, foram implementadas melhoras nos registros e no monitoramento de dados, permitindo maior transferência de vagas, que antes eram só internas, para a população. “Estamos dando oportunidade para que outras pessoas façam uso do HUGG. Fazemos parte de uma rede e devemos nos comportar como tal”, salientou Ana Carolina.
João Marcelo informou que o fornecimento da agenda e a regulação dos serviços é uma importante forma de controle social e de lisura: “Acredito que esse é um caminho sem volta, até porque, somente desta maneira, seremos identificados pelo sistema e, consequentemente, remunerados pelo serviço prestado”. O superintendente ressaltou que não seria possível avançar, ampliando serviços e melhorando a complexidade e capacidade, se não cumprissem a missão institucional, que é de Assistência, Ensino e Pesquisa.
Ana Carolina relatou, ainda, que, quando um paciente chega pela regulação, é atendido de acordo com uma necessidade específica. Resolvida a questão, ele recebe alta e volta a ser assistido pela Atenção Básica. Caso seja preciso um novo procedimento, o usuário é inserido, novamente, numa fila de espera, oportunizando, de forma legal e organizada, o acesso a todos. “Antes, cada serviço funcionava de um jeito e não era concentrado na regulação. Pela falta de maturidade de serviço, tínhamos essa dificuldade de conseguir ofertar este tipo de vagas. Hoje, já somos capazes de entender quantas ofertas temos”, relatou.
Outro ponto de atenção levantado pela chefe da Regulação diz respeito às características próprias de um hospital universitário, afinal existe o componente acadêmico, sobre o qual é preciso ter uma visão que vá além de apenas receber, atender, operar e dar alta em usuários, padrão típico de unidades exclusivamente assistenciais. Isso cria complexidades que impactam, inclusive, na quantidade de vagas.
Ela explicou a dificuldade de ofertar 100% das vagas: “Alguns pacientes fazem parte de uma estrutura de Ensino e Pesquisa, que é necessária também. Não somos uma unidade para escoar as grandes portas de emergência. Somos um hospital basicamente cirúrgico eletivo e nosso papel é tentar ofertar para a rede aquilo que temos de melhor. Através do diálogo e troca com o regulador (no caso, a Prefeitura), amadurecemos bastante as conversas”, declarou.
Para o superintendente, na verdade, tanto o Ensino quanto a Pesquisa de um hospital universitário ganham bastante com a regulação de seus serviços, não acarretando piora: “Muito pelo contrário. No caso de doenças mais raras, por exemplo, os sistemas podem nos ajudar, filtrando e direcionando, em algumas ocasiões, pacientes específicos, que participarão de pesquisas desenvolvidas na universidade”, complementou.
Crescimento constante 2021-2023
Com o avanço na regulação, o crescimento dos números de atendimento do HUGG se tornou constante, fazendo com que nos últimos três anos mais de 43 mil casos tenham sido assistidos na unidade de saúde. Hoje, o hospital é capaz de identificar, inclusive, pacientes que estão em interconsulta (quando o médico procura uma segunda opinião ou mesmo um exame diagnóstico auxiliar de outra especialidade para fechar um parecer).
Esse amadurecimento permite uma imagem clara de quais são os serviços existentes, quem são os profissionais que os compõem, quais são as ofertas e quais características e limitações estão ocorrendo, possibilitando um planejamento de até dois meses. “Tínhamos enfermarias com ocupação de 20%, hoje temos de 80%. Não precisamos de nada mirabolante para ajustar um sistema. Se eu não vou cumprindo minhas metas, se não vou produzindo, se não vou trazendo esses pacientes para cá, não recebo. Tudo está interligado o tempo todo”, disse Ana Carolina.
Já colhendo alguns frutos desse trabalho, o HUGG recebeu prêmios dos órgãos de controle, reconhecimento das outras esferas e da própria Ebserh. “Temos sido chamados para discutir em fóruns de Saúde Pública sobre questão dos nossos resultados, então estamos no caminho certo”, finalizou João Marcelo.
Dentre os serviços que mais têm oferecido vagas para a regulação, destacam-se a Cardiologia, a Pneumologia, a Urologia e a Otorrinolaringologia.
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG-Unirio) faz parte da Rede Ebserh desde dezembro de 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Felipe Monteiro, com revisão de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social