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Colesterol alto: Um risco à saúde do coração
Tipo de lipídio (gordura) que todos nós temos no nosso organismo, o colesterol quando se encontra em índices saudáveis é fundamental para nossa saúde. O problema é que, em níveis elevados, ele se torna fator de risco para o desenvolvimento de doenças relacionadas ao coração.
Para identificar o nível do colesterol no organismo é realizado um exame de sangue simples, em que é dosado o colesterol e outro lipídio fundamental, que são os triglicerídeos. “Devemos fazer essa dosagem para toda a população a partir dos 8 ou 10 anos de idade, às vezes, até antes, quando existirem fatores de risco”, recomenda o médico e supervisor do programa de residência em endocrinologia do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap-UFF), Ricardo Martins.
Para quem tem familiares de primeiro grau com colesterol elevado a atenção deve ser redobrada, pois, quanto mais cedo for feito o diagnóstico mais precoce será a determinação do tratamento, que pode ir desde dieta e atividade física a, até mesmo, o uso de medicações orais ou injetáveis, variando conforme o nível de colesterol e se há presença de outras comorbidades.
Existem dois tipos de colesterol: o HDL, também chamado de colesterol bom e o LDL, que é o colesterol ruim. O LDL quando se encontra em nível elevado na corrente sanguínea provoca alteração no interior das artérias propiciando o acúmulo e a formação de placas de gordura conhecida como aterosclerose.
Isso pode acontecer no cérebro, no coração, nos rins, nas pernas ou em qualquer outro órgão. “Quando isso acontece no coração ele prejudica o fluxo sanguíneo pelo músculo do coração e pode levar a angina, ao infarto e até mesmo a complicações mais importantes como a insuficiência cardíaca, que é quando o coração sem oxigênio ele acaba crescendo e ficando fraco”, esclarece o professor e chefe do Serviço de Cardiologia do HC-UFG/EBSERH, Aguinaldo Freitas Jr.
Aguinaldo Freitas observa que é comum associarem a presença de colesterol alto apenas às pessoas que estão sedentárias e obesas. “Claro que há um risco maior de desenvolver colesterol alto porque o sedentarismo e a dieta inapropriada estão associados a maior produção de colesterol, mas, pessoas magras e ativas também podem ter índices de colesterol muito elevados, isso porque, a maior parte do colesterol do nosso corpo vem da produção interna do organismo, não do consumo externo ou da dieta inapropriada” exemplifica ele.
A nutricionista e pesquisadora da Liga de Hipertensão Arterial do HC-UFG/EBSERH, Ana Paula Perillo, ressalta que uma alimentação saudável é indispensável para a saúde e que a dieta cardioprotetora é uma excelente aliada para a saúde do coração.
“A dieta cardioprotetora, baseada nas cores da bandeira do Brasil, foi elaborada com base em alimentos tipicamente brasileiros. Os alimentos de cor verde sãos mais cardioprotetores e incluem frutas, verduras, oleaginosas como o feijão e iogurte desnatado. Os de cor amarela são os mais energéticos e devem ser consumidos moderadamente como alimentos integrais, azeite, castanhas. Na cor azul ficam as proteínas, sugerimos preferir as carnes brancas, peixes, frango sem pele e queijos brancos”, detalha a nutricionista.
A meta é desembalar menos e descascar mais, incluindo apenas alimentos in natura e minimamente processados. “Devemos investir nas gorduras insaturadas, com alimentos fonte de origem vegetal, como castanhas, azeite, óleo vegetal, abacate, linhaça, chia e alguns peixes”, finaliza a nutricionista.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
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