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Estudo realizado no HU-UFSCar avalia percepção dos profissionais de saúde sobre segurança do paciente na Pediatria
Programa de Iniciação Tecnológica da Ebserh viabilizou a realização do trabalho
São Carlos (SP) – Um estudo realizado no âmbito do Programa de Iniciação Tecnológica (PIT) da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) no Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar) avaliou a percepção dos profissionais de saúde da enfermaria pediátrica da instituição acerca de um dos desafios globais propostos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os profissionais foram convidados a participarem da pesquisa, que visa melhorar a assistência à saúde.
O estudo, desenvolvido por Mateus Araújo Prado, aluno do curso de Medicina da UFSCar, foi orientado pelas professoras Cristina Ortiz Sobrinho Valete e Cristina Helena Bruno e investigou se os profissionais da enfermaria pediátrica do hospital universitário conhecem e reconhecem a importância de praticar os processos de segurança do paciente no manejo de medicamentos que são utilizados em pacientes pediátricos.
Considerando o desafio global de segurança do paciente intitulado “Medicação sem danos” e os riscos para crianças hospitalizadas, foi elaborado um questionário com 24 perguntas que avaliaram o perfil dos profissionais e seu domínio sobre o tema do desafio global de segurança do paciente. “Essa importância se deve ao fato de que o paciente pediátrico carece de maior atenção devido a diversos fatores, em especial a constituição corporal, que varia com a idade, o que exige maior atenção na prescrição destes medicamentos”, explica Mateus Prado.
Ao todo, 48 profissionais participaram da pesquisa, dentre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem do HU-UFSCar. O estudo trouxe resultados que serão discutidos para melhoria da assistência. “No HU-UFSCar foi possível identificar pontos de fragilidade em relação aos domínios do Desafio Global da Segurança do Paciente e a partir disso, traçar estratégias de fortalecimento da segurança com uso de medicamentos, como por exemplo, a necessidade de maior clareza das prescrições eletrônicas, o fortalecimento de atividades de educação e notificação e a não permanência no leito de medicamentos que não estão em uso pelo paciente. Como os
resultados da pesquisa refletem o pensamento dos profissionais da enfermaria de pediatria HU-UFSCar, eles se aplicam diretamente a estas pessoas e ao serviço”, explica a professora Cristina Ortiz, orientadora do trabalho.
Ela destaca, ainda, que há poucas pesquisas sobre o tema da segurança do paciente na Pediatria, por isso o estudo é importante para a construção de conhecimento sobre o assunto. “O Programa de Iniciação Tecnológica da Ebserh é fundamental para que os profissionais em formação identifiquem as necessidades locais e, a partir disso, formulem, inovem, construam estratégias apoiadas nas diversas formas de tecnologia, em resposta a estas demandas”, afirma.
O estudo gerou dois artigos científicos que já foram submetidos para avaliação de periódicos da área da saúde. “Para mim, participar do PIT como bolsista me torna fruto do investimento estatal no desenvolvimento científico. Acreditar na inovação científica é caminhar para melhora da qualidade da vida humana. Produzir ciência é colaborar para este desenvolvimento sendo um cidadão cumpridor de um dever civil em busca de uma sociedade melhor”, destaca o estudante Mateus Prado.
Também foi produzido um vídeo educacional para divulgar os resultados da pesquisa para profissionais e pacientes. Clique aqui e assista.
Sobre a Ebserh
O HU-UFSCar faz parte da Rede Ebserh desde 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Paola Caracciolo, com revisão de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social