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LGBTQIAP+
Capacitação orienta o acolhimento adequado à população LGBTQI+
Atendentes do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF/Ebserh) estão recebendo capacitação com objetivo de proporcionar acolhimento adequado, humanizado e respeitoso à população LGBTQI+.
“O HU, além de ser um estabelecimento de saúde especializado e já prestar atendimento a um público diversificado, encontra-se em processo de habilitação para se tornar um Centro de Referência para atendimento da população LGBTQI+. Por isso, é de suma importância que todos estejamos preparados para prestar um atendimento humanizado e respeitoso a toda população”, assegura a assistente social Lesliê de Freitas.
A profissional, junto com a psicóloga hospitalar Luciane Bernardes, foram as instrutoras de duas turmas de capacitação ocorridas em 24/06 na Unidade Dom Bosco. Elas disseram ter ficado muito satisfeitas com o envolvimento e participação dos funcionários capacitados: “Em ambos os turnos, todos demonstraram interesse e também conhecimento do assunto proposto. Isto mostra que nossos colaboradores estão atentos à diversidade do público a que assistimos no HU. O momento foi importante também para apontarem sugestões e adequações”.
Lesliê destaca que a intensificação do debate e a luta por reconhecimentos dos direitos da população LGBTQI+ nos últimos anos têm impulsionado o poder público e a sociedade na elaboração e implementação de políticas públicas em diversos setores, dentre os quais a política de saúde. Um exemplo é a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, criada em 2011, que reafirma o compromisso do SUS com a universalidade, a integralidade e com a efetiva participação da comunidade.
“Pessoas transexuais e travestis possuem o direito ao uso do nome social nos serviços de saúde. Desrespeitar este direito implica na prática de violência política que lhe nega o direito à identidade, assim, é dever de todo profissional de todos os setores dos serviços de saúde tratar a pessoa com nome e com os pronomes (masculinos, femininos ou neutros) que ela escolher, a fim de garantir que a pessoa não seja constrangida ao ter seu nome social confrontado com o nome de registro civil”, ressalta a assistente social.
De acordo com a chefe da Unidade de Ambulatório, Maria Helena Barcellar, a capacitação realizada com as recepcionistas foi extremamente válida. “Temos que atender com respeito e de maneira adequada ao usuário LGBTQI+ que procura por nosso atendimento. Esta capacitação esclareceu dúvidas e também através de vídeos apresentados demonstrou, de maneira clara, como fazer atendimento de qualidade", pontua.