“O ideal é que toda população seja vacinada”, afirma infectologista do HU-UFJF

O Ministério da Saúde anunciou o início da vacinação no Brasil para esta semana após a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do uso emergencial das vacinas CoronaVac/Sinovac/Butantan e AstraZeneca/Universidade de Oxford/Fiocruz. Para o controle da doença, “o ideal é que toda população seja vacinada”, ressalta Rodrigo Daniel, infectologista e chefe do Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF/Ebserh).

Segundo ele, é necessária uma cobertura vacinal alta, geralmente maior que 70-80%, para controlar doenças infectocontagiosas, por isso a importância de adesão da população. Sobre as diferenças entre as vacinas, “todas as vacinas que foram aprovadas até o momento se mostram seguras, com a eficácia variando muito entre elas. Independente da eficácia global, que inclui todos os tipos de infecção (dos assintomáticos aos graves em UTI), não ser grande, o mais importante é uma grande eficácia na redução de casos que precisam internar e das mortes causadas pela Covid-19”, esclarece.

No entanto, é importante destacar que, mesmo com vacinadas, as pessoas precisam continuar se cuidando: usar máscara, higienizar frequentemente as mãos e evitar aglomerações.  “Todos deverão manter as medidas de prevenção até o controle da pandemia e a liberação das autoridades competentes. Devemos ter certeza que a vacina será eficaz contra cepas com mutações que podem surgir”, alerta Rodrigo.

O HU-UFJF é referência no atendimento à Covid. Assim como os demais hospitais universitários federais, “vem desempenhando um papel importante no combate ao SARS-CoV2, seja no atendimento direto aos pacientes infectados pela Covid-19 com qualidade superior e com resultados semelhantes aos melhores hospitais brasileiros, seja com a manutenção do atendimento das demais condições de saúde que continuam adoecendo a população brasileira”, conclui o infectologista.