Notícias
PREVENÇÃO
Obesidade: Um problema de saúde pública que afeta a qualidade de vida
Imagem: Freepik
Uberlândia (MG) – A obesidade é o acúmulo de gordura em excesso no corpo, podendo afetar a saúde. É apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. Segundo a entidade, de 2006 a 2019, a prevalência de obesidade em adultos nas capitais brasileiras passou de 11,8% para 20,3%. Conforme dados do Ministério da Saúde, 20% dos adultos e 14% das crianças de 5 a 9 anos apresentam obesidade. As causas são multifatoriais, podendo ser de ordem genética, por distúrbios hormonais, pelo sedentarismo e por erros na alimentação.
Em 11 de outubro comemora-se o Dia Mundial da Obesidade e Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. Especialistas da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) abordam sobre esse problema. Além de reduzir a qualidade de vida, a obesidade pode contribuir para o surgimento de diabetes, doenças cardiovasculares, asma, gordura no fígado e até alguns tipos de câncer. A Ebserh oferece tratamento e acompanhamento para a obesidade por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Prevenção à obesidade
Segundo o médico endocrinologista Ricardo Rodrigues, do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), como a obesidade é provocada pela ingestão de energia maior que o gasto do organismo, hábitos como atividade física regular e alimentação equilibrada contribuirão para redução e manutenção do peso.
Ricardo Rodrigues esclareceu que quando o paciente já está acima do peso, ele deve procurar uma avaliação médica. “O especialista irá avaliar as causas e consequências do excesso de peso para escolha da melhor abordagem de tratamento”, disse.
Hoje, existem alternativas: medicamentos e cirurgias. O uso de medicamentos é recomendado quando o paciente obeso não está respondendo às medidas não farmacológicas adotadas ou para tratamento do diabetes no paciente com sobrepeso. A cirurgia bariátrica é recomendada para o paciente que tem obesidade grau 3 (IMC maior ou igual a 40kg/m²) ou obesidade grau 2 (IMC entre 35 e 40, com comorbidade).
Metas para a redução da obesidade
O Ministério da Saúde estabeleceu algumas metas para os fatores de risco da população no Brasil, até 2030. Estão relacionadas à obesidade: reduzir a prevalência de obesidade em crianças e adolescentes em 2%; deter o crescimento da obesidade em adultos; aumentar a prevalência da prática de atividade física no tempo livre em 30%; aumentar o consumo recomendado de frutas e de hortaliças em 30%; reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados; e reduzir em 30% o consumo regular de bebidas adoçadas.
Sobre o IMC
Sobre o IMC: A obesidade é determinada pelo Índice de Massa Corporal (IMC), obtido através da divisão do peso (em Kg) do paciente pela sua altura (em metros), elevada ao quadrado (IMC=peso/altura²). Se o resultado ficar abaixo de 18,5, indica que a pessoa está abaixo do peso. O resultado entre 18,5 e 24,9, aponta peso normal. Entre 25,0 e 29,9, indica sobrepeso, e acima deste valor, a pessoa é considerada obesa.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Rosenato Barreto, com edição de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh