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A VIDA PEDE MOVIMENTO
Mudar de posição é a principal forma de evitar Lesão por Pressão em pessoas com mobilidade reduzida ou ausente
Você pode não estar familiarizado com o nome Lesão por Pressão mas, com certeza, já ouviu falar em escaras, que acometem principalmente idosos e pessoas acamadas. É sobre esse tipo de lesão na pele que o Dia Mundial de Prevenção de Lesão por Pressão traz o alerta.
O problema é classificado em estágios de 1 a 4. Na fase mais crítica, pode ocorrer perda total da pele com exposição de camadas profundas, como músculo e ossos, tornando a pessoa mais vulnerável a infecções que, nos casos mais graves, podem levar o paciente a óbito.
Incontinência, má nutrição e doenças crônicas são alguns dos fatores de risco principais, além dos possíveis impactos psicológicos, sociais e cognitivos, visto que os pacientes acabam enfrentando hospitalizações prolongadas e com tratamentos, muitas vezes, dolorosos.
Prevenir custa muito menos que tratar
A prevenção de lesão por pressão reduz tempo de internação, custos hospitalares e é um indicador de qualidade da assistência à saúde. Por isso, quando o paciente dá entrada no hospital, os enfermeiros utilizam a Escala de Braden, uma ferramenta que avalia os riscos de desenvolver esse tipo de lesão.
E pode parecer muito simples, mas a forma principal de prevenir é o reposicionamento (mudar o corpo de posição), aliviando os pontos de pressão. Os pontos mais comuns de aparecimento são calcanhares, tornozelos, quadris e cóccix.
Outras medidas simples que podem ser adotadas: avaliar a pele da pessoa acamada ou em cadeira de rodas diariamente para verificar pontos de hiperemia não branqueável (vermelhidão), elevação da parte posterior do osso do calcanhar (calcâneo) para evitar o atrito da pele com a superfície da cama, hidratação via oral, alimentação balanceada, manter a pele do paciente e seca com a troca de fraldas regularmente e usar superfície de apoio, como colchão de pressão alternada (pneumático).
Atividades no HC-UFU
Roberta Silmara Miranda é enfermeira e coordenadora da Comissão de Pele (Compele) do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). Ela realiza consultoria para prevenção, avaliação e tratamento de lesões cutâneas nos pacientes da unidade. A Compele é uma das comissões que atua junto às equipes assistenciais, com reuniões mensais para capacitar e sensibilizar sobre a importância da aplicação do Protocolo de Prevenção de Lesão por Pressão.
Neste ano, o HC-UFU adquiriu novos colchões pneumáticos e capacitou colaboradores para a implantação do Protocolo de Prevenção de Lesão por Pressão, usando como metodologia a árvore do pertencimento.
“Cada parte da árvore representa os atores envolvidos no processo. As raízes representam os vários setores do hospital como governança, suprimentos, equipe interdisciplinar da assistência direta ao paciente. O tronco representa a implantação do Protocolo de Prevenção de Lesão por Pressão. Já na copa da árvore, a presença de folhas e frutos indica todos os resultados obtidos com a implementação das medidas preventivas”, explica Roberta.
Os resultados serão expostos no saguão do HC-UFU, dia 27 de novembro de 2023. Membros da Compele estarão presentes, das 8h às 16h, para tirar dúvidas e desenvolver atividades educativas sobre o tema para as equipes, familiares, pacientes e cuidadores.
Rede Ebserh
O Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh) desde maio de 2018. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.