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Parceria entre a UFTM e o Hospital de Clínicas viabiliza realização do Exame Clínico Objetivo Estruturado (OSCE)
Os acadêmicos de Medicina da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), realizaram, em 20 de janeiro, o Exame Clínico Objetivo Estruturado (OSCE - do inglês Objective Structured Clinical Examination). A avaliação ocorreu nas dependências do Ambulatório Maria da Glória do Hospital. O exame consistiu em simulações de atendimentos para avaliar o conhecimento dos alunos e a interação com os pacientes (atores ou bonecos) durante as consultas. A prova contou com a participação de 60 alunos.
Acadêmico do 6° ano de Medicina, Thiago Ramos Soares participou pela segunda vez do OSCE e considera que essa “é uma das melhores iniciativas que a Faculdade tem nos proporcionado em relação a nossa percepção de crescimento como profissional. Por meio dela, podemos perceber os pontos positivos e negativos relativos ao nosso conhecimento técnico e prático e, com isso, buscar melhorar”. Ele relatou que observa sua própria evolução, em termos de conhecimento teórico e prático, para lidar com as situações reais da prática profissional. Além disso, acrescentou, “o OSCE prepara os acadêmicos para os concursos de residência médica, que frequentemente utilizam esse modelo de avaliação”.
O OSCE é realizado semestralmente, há dois anos, para os alunos do Internato Médico (5° e 6° anos), e visa avaliar atitudes, competências, atividade profissional, habilidades e técnica dos acadêmicos. O exame é composto por simulações de atendimentos nas áreas: Pediatria, Clínica Cirúrgica, Ginecologia e Obstetrícia, Saúde Coletiva e Clínica Médica. Segundo o médico do HC, docente e coordenador do curso de Medicina da UFTM, Luciano Alves Matias da Silveira, “foram cinco casos simulados em que o aluno passou por esse rodízio. Ele fez a primeira estação, depois foi para a segunda e assim seguiu até a quinta, sempre com estações simuladas de atendimento, ou de conduta, ou de alguma habilidade médica”.
Durante o OSCE, cada estação da prática é avaliada por docentes da UFTM e por médicos-preceptores do Hospital de Clínicas. “Esses profissionais avaliam, justamente, a competência da estação, ou seja, são simuladas situações do cotidiano da Medicina. Por exemplo, se a competência for comunicação, é avaliada a habilidade desse aluno dar uma má notícia para o paciente, ou se for a realização do exame físico ou interpretação de um exame”, explicou Luciano.
Ao final de cada simulação, os estudantes são avaliados e recebem um retorno sobre os aspectos positivos e negativos da situação, bem como sugestões de melhoria e oportunidades de aprimoramento. Dessa forma, os avaliadores desempenham um papel importante ao orientar e explicar como as práticas poderiam ser aperfeiçoadas, conforme relatou o acadêmico Thiago. “A prova tem uma importância gigantesca para nos dar mais segurança nesse período de inseguranças que é o final da graduação. Os professores também estão abertos para nos corrigir e nos dar um feedback com um olhar crítico, mas com carinho, sem nos julgar. Então, nos sentimos acolhidos e motivados a melhorar cada vez mais”, afirmou.
O Hospital de Clínicas é parceiro do curso de Medicina na realização dessa prova prática, disponibilizando suporte de infraestrutura física e de profissionais diversos, incluindo médicos que auxiliam nas avaliações e técnicos administrativos que colaboram com a organização e recepção, além de participarem como atores nas estações simuladas. Para Luciano, “hoje, sem sombra de dúvidas, o Hospital é o maior campo de prática para os acadêmicos do curso de Medicina da UFTM, nos âmbitos de média e alta complexidades. No Hospital, o cenário de prática é excelente, seja por conta de todas as especialidades, pelos atendimentos ambulatoriais, além de procedimentos de média e alta complexidades nas diversas especialidades clínico/cirúrgicas”, conclui.
Sobre a Rede Ebserh
O HC-UFTM faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Andreia Pires, com revisão de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh