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TERAPIA HUMANIZADA
Massagem terapêutica feita no HC-UFTM contribui para recuperação de bebês prematuros internados
O recém-nascido prematuro precisa de cuidados hospitalares especiais para sua recuperação e desenvolvimento. No Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), uma prática tem ajudado no tratamento dos pacientes internados na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCIN): a massagem terapêutica “toque de borboleta”.
Essa técnica envolve movimentos suaves por todo o corpo do bebê, começando pela cabeça. A fisioterapeuta Luana Barbosa explicou que esse recurso contribui para a redução do tempo de hospitalização e de complicações de saúde. “O bebê prematuro está em um ambiente que traz estresse pela luz, pelo barulho de equipamentos e pelos procedimentos necessários, mas que causam algum tipo de dor. Esse é um método não farmacêutico para alívio de dores, com capacidade de melhorar a qualidade de vida e desenvolvimento desse paciente”.
Comprovação dos benefícios
Um estudo feito por Luana Barbosa, em conjunto com a professora do Departamento de Fisioterapia da UFTM, Elaine Guimarães; a residente multiprofissional do HC-UFTM, Jussara Hamilton; e a, na época da pesquisa, estudante de fisioterapia da UFTM, Caroline Mendes, registrou os benefícios do método. O trabalho científico “Efeito imediato da massagem ‘toque de borboleta’ no prematuro internado na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCIN)”, foi apresentado no Primeiro Encontro de Pesquisa em Iniciação Científica do HC-UFTM, em 25 de junho.
Nessa pesquisa, a técnica foi aplicada em 27 recém-nascidos prematuros, com idade gestacional entre 32 e 36 semanas, por três dias, durante os meses de julho a novembro de 2023. Ao observar o bebê antes e após a intervenção, foi percebida uma melhora significativa no alívio da dor (medida pela Escala da Dor Infantil Neonatal) e nos sinais vitais, que incluem a saturação de oxigênio e as frequências cardíaca e respiratória, além de beneficiar também a qualidade do sono.
Entre cinco e 10 minutos, os movimentos eram realizados no rosto, seguindo para o pescoço, membros superiores, tórax, abdômen e membros inferiores, esclareceu Caroline Mendes. Em seguida, o bebê era colocado de barriga para baixo para receber a massagem na parte posterior.
Caroline contou que aprender essa técnica foi relevante para sua formação profissional e que era perceptível a melhora dos recém-nascidos logo após as sessões. “É incrível ver o comportamento dos bebês. Às vezes, eles estavam agitados, com uma carinha de dor, chorando, mas ficavam calmos depois da massagem. Foi muito importante ter participado dessa pesquisa e aprendido sobre esse recurso terapêutico”, concluiu.
Atenção!
Essa massagem terapêutica é feita por profissionais habilitados e é contraindicada para recém-nascidos que estejam com quadro de doença infecciosa, alterações e lesões na pele e febre, sendo evitada também nos casos de acesso venoso, após alimentação e em áreas machucadas ou inflamadas.
Sobre a Ebserh
O HC-UFTM faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Marília Rêgo
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh