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CAPACITAÇÃO
Seminário inédito discute relevância do cuidado integrado ao idoso frágil
Belo Horizonte (MG) – A população com 60 anos ou mais está crescendo a uma taxa de cerca de 3% ao ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Estima-se que, até 2050, os idosos representarão quase dois bilhões de pessoas. Nesta terça-feira (1º), Dia Mundial e Nacional do Idoso, chama-se a atenção para a importância da saúde e do bem-estar dessa população para uma vida mais longa e com qualidade. No Hospital das Clínicas da UFMG, a data foi celebrada com o 1º Seminário de Cuidados Integrados ao Idoso Frágil, evento promovido pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso, que reuniu especialistas, profissionais da assistência, acadêmicos e pessoas interessadas no cuidado ao idoso frágil.
A programação contemplou temas como assistência ao idoso frágil em diferentes níveis de atenção à saúde; políticas públicas de atenção à pessoa idosa; cuidados paliativos na demência avançada; e formação de profissionais especializados como estratégia de melhoria da qualidade da assistência ao idoso frágil, entre outros. A discussão aconteceu ao longo de todo o dia no Auditório Maria Sinno da Escola de Enfermagem da UFMG.Durante a solenidade de abertura, o superintendente do Hospital das Clínicas da UFMG, professor Alexandre Rodrigues Ferreira, ressaltou o trabalho da equipe multiprofissional da instituição que atua no cuidado à saúde do idoso. “Nós temos que lembrar dos feitos e aqui eu chamo a atenção para isso, principalmente durante a pandemia, quando esse grupo promoveu o matriciamento de praticamente todas as instituições de longa permanência do município de Belo Horizonte. O reconhecimento e os resultados foram em nível mundial”, afirmou.
À frente da organização do evento, a enfermeira e especialista em saúde do idoso, Viviane Rodrigues Jardim, destacou a importância do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso do HC-UFMG, que ajuda a formar profissionais aptos a prestar assistência integral ao idoso, principalmente ao frágil. “Nossa pirâmide demográfica está envelhecendo e ficando invertida. Então, é necessário haver mais profissionais capacitados a cuidar desses idosos. É o momento de os alunos e residentes participarem dessa construção de conhecimento científico e também de trazerem a experiência já adquirida na residência para a mesa de discussão”, disse.
Conferência
A conferência “Você sabe identificar o idoso frágil”, ministrada pelo coordenador do Serviço de Geriatria do HC-UFMG e professor titular da Faculdade de Medicina da UFMG, professor Edgar Nunes de Moraes, abriu o seminário. Consultor do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) na área de saúde do idoso, o geriatra ressaltou o envelhecimento populacional e a importância de termos um Sistema Único de Saúde capaz de oferecer a melhor tecnologia de cuidado ao idoso, tanto na área médica quanto na interdisciplinar.
“A Residência Multiprofissional em Saúde da Pessoa Idosa do Hospital das Clínicas da UFMG, juntamente com o Programa de Residência em Geriatria, é responsável pela formação de centenas de especialistas na área de saúde da pessoa idosa. Portanto, esse seminário é muito importante para qualificar os profissionais e chamar a atenção para essa questão do envelhecimento”, disse.
São mais de 40 profissionais envolvidos no cuidado de saúde prestado pela instituição, entre eles especialistas em saúde do idoso, como geriatras, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, além de profissionais de fonoaudiologia, serviço social, nutrição e psicologia, entre outros. “Somos referência em atendimento ao idoso em Belo Horizonte pelo SUS e um dos maiores serviços do Brasil, com uma média de 3 mil pacientes atendidos por mês”, afirmou.
Sobre a Ebserh
O HC-UFMG faz parte da Rede Ebserh desde dezembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Redação e revisão: Luna Normand
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