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CUIDADO
Prevenir quedas é fundamental e protege vidas
Belo Horizonte (MG) - Sete em cada dez mortes acidentais de pessoas acima de 75 anos no Brasil são consequências de quedas, segundo dados do Ministério da Saúde. Mais de 33 mil crianças menores de 10 anos foram internadas por essa razão em 2023, sendo a principal causa de morte até os 14 anos de vida e a principal motivação de ida a unidades de emergência. Dados tão expressivos ressaltam a importância do alerta produzido pelo Dia Mundial de Prevenção de Quedas, celebrado na próxima segunda-feira (24).
Em alusão à data, o Setor de Gestão da Qualidade do Hospital das Clínicas da UFMG/Ebserh realizou, nesta sexta-feira (21), a segunda edição do “Arraiá da Segurança – “Nós trupica, mas não cai”. A ação lúdico-cultural-educativa, que aconteceu no hall de entrada do prédio principal, teve como objetivo fomentar a cultura de prevenção de quedas na instituição. Para isso, foi entregue aos transeuntes correio elegante sobre medidas preventivas de queda. Música ao vivo, jogos temáticos juninos com quiz sobre medidas preventivas de queda e barraca do elogio elegante também foram outras ações realizadas.
A queda no ambiente hospitalar é o quarto incidente de cuidado com maior frequência de notificações no Brasil, segundo dados da Anvisa. Estudos internacionais mostram índice de 1,03 a 4,18 quedas a cada 1.000 pacientes internados, enquanto o índice nacional tem uma variação entre 1,7 e 7,2 quedas a cada 1.000 internados. A chefe do Setor de Gestão da Qualidade do HC-UFMG, Carolina Teixeira Cunha, explica que as condições clínicas, idade do paciente e uso de medicamentos são fatores contribuintes da ocorrência de quedas, que ocorrem geralmente no banheiro ou durante a movimentação.
“Os números mundiais relacionados à ocorrência de quedas e grau de dano reforçam a necessidade de implementação de estratégias de prevenção. A promoção da educação do paciente e fortalecimento das práticas de prevenção são pilares na redução de quedas. Prevenir gera resultados na qualidade de vida e principalmente na assistência à saúde”, afirmou.
O Protocolo de Prevenção de Quedas, que integra o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) do Ministério da Saúde, informa que “a hospitalização aumenta o risco de queda, já que os pacientes se encontram em ambientes que não lhes são familiares, além de eles serem portadores, muitas vezes, de doenças que predispõem à queda e muitos dos procedimentos terapêuticos, como as múltiplas prescrições de medicamentos, podem aumentar esse risco.”
O HC-UFMG estabelece diretrizes sobre a prevenção de quedas com o estabelecimento de score de risco para implementação de medidas de prevenção ao perfil do paciente. Além disso, campanhas e medidas educativas são realizadas de forma periódica para a sensibilização dos pacientes e instrumentalização dos profissionais. “A hospitalização cria condições mais favoráveis a queda considerando o ambiente desconhecido, os procedimentos que são realizados e a própria condição clínica do paciente. Por isso, estabelecer diretrizes e implementar medidas preventivas são essenciais para reduzir o risco”, enfatizou a chefe do Setor de Gestão da Qualidade.
Exercitar-se é preciso
Exercícios físicos trazem força muscular e equilíbrio, principais atributos para evitar quedas. Com o processo de envelhecimento, modificações físicas, emocionais e sociais geram consequências na capacidade funcional e na qualidade de vida.
Uma dessas alterações é a sarcopenia, comum em pessoas idosas, que é caracterizada pela diminuição progressiva da massa muscular e da perda de força e está associada à grande prevalência de quedas nessa população.
Cuidados com crianças
O ideal, claro, é a prevenção - com medidas como não deixar a criança sozinha em cima de móveis ou sob os cuidados de outra criança e o uso de barreiras, grades e redes de proteção em escadas e janelas.
Alguns sintomas e situações precisam de avaliação médica, como queda em bebê menor de 3 meses ou de uma altura maior que um metro (em crianças menores de 2 anos) e acima de 1,5m (em crianças maiores de 2 anos); queda de escada com mais de quatro degraus; acidente de bicicleta sem capacete; acidente com automóvel; se a criança ficar desacordada (com perda da consciência) por mais de 1 minuto após o trauma; hematomas nos olhos; “galo” na cabeça, em região próxima da orelha e na parte posterior; sangramento pelo ouvido ou nariz; convulsão; sonolência excessiva; e mais de quatro episódios de vômitos após uma hora da queda.
Sobre a Ebserh
O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Moisés de Holanda e Luna Normand com revisão de Danielle Morais.
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh
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