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ACREDITAÇÃO
Metas Internacionais de Segurança do Paciente: saiba mais
Em 2004, a Organização Mundial de Saúde (OMS) criou a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente (World Alliance for Patient Safety) com objetivo de chamar atenção para o problema de segurança do paciente. Em 2006, foram lançadas as 6 Metas Internacionais de Segurança do Paciente, que têm estratégias focadas em situações de maior risco para o usuário da instituição de saúde. Elas destacam as áreas problemáticas na assistência à saúde e apresentam soluções consensuais para esses problemas.
Saiba mais sobre as duas primeiras Metas Internacionais de Segurança do Paciente:
- Meta 1: Identificar corretamente os pacientes
Erros de identificação de pacientes podem ocorrer em praticamente todos os aspectos do diagnóstico e tratamento. Pacientes podem estar sedados, desorientados, não totalmente alertas ou comatosos. Podem ser trocados de leito, quarto ou setores dentro do hospital. Podem ter deficiências sensoriais, podem não se lembrar da sua identidade ou podem estar sujeitos a outras situações que podem levar a erros na identificação correta. Portanto o propósito dessa meta é duplo: primeiro, identificar com segurança o indivíduo como sendo a pessoa para quem o tratamento/serviço é destinado; segundo, corresponder o serviço ou tratamento àquele indivíduo. Os dois identificadores utilizados no HC-UFMG são: NOME COMPLETO DO PACIENTE E DATA DE NASCIMENTO.
- Meta 2: Melhorar a eficácia da comunicação
A eficácia da comunicação diminui os erros na informação transmitida e garante o cuidado mais seguro ao paciente.
Ruídos, interrupções e outras distrações podem prejudicar a comunicação clara de informações importantes sobre o paciente. Assim, as equipes médicas, de enfermagem, multiprofissional, farmácia, apoio diagnóstico e outros profissionais envolvidos no cuidado ao paciente devem adotar uma comunicação clara, objetiva, completa e entendida por quem recebe a informação.
Há algumas circunstâncias de cuidado de pacientes que podem ser influenciadas por uma comunicação deficiente tais como: prescrições verbais ou por telefone, comunicação verbal de resultados críticos de exames e comunicações de transições de cuidados.
Prescrição verbal: A prescrição verbal somente é permitida em situações de urgência ou emergência. O profissional de enfermagem deve repetir para o médico a orientação verbal recebida, para que ela possa ser confirmada antes da administração do medicamento.
Somente podem ser prescritos verbalmente medicamentos presentes no carrinho de emergência. Quando for necessária a dispensação pela farmácia hospitalar, a prescrição impressa é obrigatória.
Comunicação de resultados críticos: A comunicação dos resultados críticos de exames deve ser realizada por telefone ou pessoalmente, por um membro da equipe de saúde dos setores propedêuticos. No momento da comunicação o receptor da informação deverá anotar o nome completo do paciente, a data de nascimento e o resultado do exame. Em seguida o receptor irá reler para o fornecedor da informação, que deverá confirmar os dados. A comunicação do resultado crítico deverá ser feita para os profissionais médicos assistenciais (residentes, médicos assistentes ou plantonistas).
Transição de cuidados: O Hospital das Clínicas recomenda a utilização da ferramenta ISBAR [I (Identify) - identificação do paciente e introdução, S (Situation) - situação, B (Background) - contexto ou circunstâncias, A (Assessment) - avaliação da condição clínica e R (Recomendation) - recomendação] em todo momento de transferência de cuidado.
Cabe ao profissional que está saindo do plantão, transferindo o paciente definitivamente para outra unidade ou transferindo temporariamente o paciente para área diagnóstica ou terapêutica, fornecer todas as informações pertinentes ao paciente de forma a garantir a continuidade do cuidado. Cabe ao profissional que recebe o paciente, acolher as informações que são imperativas à continuidade do cuidado e questionar o profissional que está transferindo o paciente caso restem dúvidas.
Redação: Luna Normand (Jornalista - HC-UFMG)