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CONSCIENTIZAÇÃO
Julho Verde reforça importância do diagnóstico precoce do câncer de cabeça e pescoço
Belo Horizonte (MG) – O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 39.550 novos casos de câncer de cabeça e pescoço para cada ano de 2023 a 2025, excluindo os de pele. A região da cabeça e do pescoço engloba um número diverso de órgãos como olho, língua, lábios, nariz, por isso as localidades de apresentação dessa neoplasia são bastante variadas. Os homens acima dos 50 anos são os mais acometidos pela doença.
Para alertar a população para a importância do diagnóstico precoce, foi criada a campanha Julho Verde, alusiva ao Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, celebrado em 27 de junho. Diversos hospitais universitários da Rede Ebserh contam com especialistas e serviços de referência em câncer de cabeça e pescoço, oferecendo tratamento completo pelo SUS.
O Hospital das Clínicas da UFMG conta com três especialistas cirurgiões de cabeça e pescoço na equipe, além de outros profissionais que atuam no tratamento multidisciplinar como oncologistas, endocrinologista, clínicos, outros cirurgiões e equipe multiprofissional composta por fonoaudiologia, nutrição, odontologia, fisioterapia e enfermagem, além de dois residentes. São realizados cerca de 160 atendimentos e 20 cirurgias mensais.
Segundo o coordenador do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HC-UFMG/EBSERH, Dr. Henrique Cançado, “a campanha Julho Verde é fundamental para aumentar a conscientização sobre os cânceres de cabeça e pescoço, destacando a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Ao promover informações e mobilizar a sociedade, essa iniciativa contribui significativamente para a redução da incidência e da mortalidade dessas doenças, além de incentivar hábitos saudáveis como evitar tabagismo e etilismo, estimular uso de protetor solar e a vacinação contra o HPV.”
Fatores de risco para a doença incluem tabagismo, consumo excessivo de álcool, má higiene dentária, exposição ao vírus HPV (para cânceres de orofaringe) e dieta pobre em frutas e vegetais. Histórico familiar de câncer de tireoide também aumenta os riscos.
Alguns sinais de alerta são feridas na pele, lábios ou boca que não cicatrizam, nódulos dolorosos e inchados no pescoço ou rosto, alterações na voz ou rouquidão persistente, falta de ar, dificuldade ou dor para engolir, perda de peso rápida associada ou não a cansaço e febre, sangramento pelo nariz ou boca.
Diagnóstico
O primeiro passo é procurar um clínico geral ou dentista para avaliar o caso. Na presença de lesões suspeitas, será feito o encaminhamento ao especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, já que o rastreio da doença está associado aos sinais e sintomas e também à presença dos fatores de risco.
O diagnóstico é geralmente feito através de uma combinação de exames físicos, exames de imagem (como tomografia computadorizada ou ressonância magnética) e biópsia (remoção de um pequeno pedaço de tecido para análise).
Tratamento
O tratamento depende do tipo e estágio do câncer. Ele pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação dessas abordagens. A escolha do tratamento é feita de forma individualizada, levando em consideração diversos fatores, como a extensão do câncer, estado de saúde geral do paciente e suas preferências.
A data
A campanha Julho Verde foi criada pela Lei 8.086/2017, que institui o 27 de julho como o Dia Mundial do Câncer de Cabeça e Pescoço. O objetivo é dar visibilidade ao tema e conscientizar a população para a importância do diagnóstico precoce.
Sobre a Ebserh
O HC-UFMG faz parte da Rede Ebserh desde2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Redação: Luna Normand com colaboração de Maria Valdirene Martins
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