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TRADIÇÃO
Hospital das Clínicas da UFMG reúne pacientes transplantados em encontro em prol da doação de órgãos
Belo Horizonte (MG) – Ampliar o debate sobre a importância da doação de órgãos com conteúdo informativo e depoimentos de familiares de doadores e pacientes transplantados. Com esse objetivo, o Hospital das Clínicas da UFMG/Ebserh, um dos maiores centros transplantadores de Minas Gerais, promoveu, nesta sexta-feira (27), Dia Nacional da Doação de Órgãos, um encontro alusivo à data para reforçar o tema e conscientizar a população. Mais de 200 pessoas participaram do encontro, que aconteceu no estacionamento do Campus Saúde da UFMG.
A aposentada Fátima Assis Silva, de 70 anos, prestigiou o evento com o coração cheio de amor, após três anos do seu transplante cardíaco. “Para mim, foi como nascer de novo. Quando eles me chamaram para fazer o transplante, o meu coração só batia 19%. Eu tinha insuficiência cardíaca e já não fazia muita coisa. Hoje eu lavo, passo, cozinho, viajo, vivo uma vida nova,” disse.
Para receber Fátima e outros pacientes transplantados, trabalhadores, estudantes e voluntários, foi preparado um café da manhã de acolhimento. Ao longo do encontro, houve também distribuição de pipoca, blitz educativa com entrega de material informativo sobre a importância da doação e de mudas de suculenta representando a vida, conversa com especialistas e depoimentos de pacientes transplantados.
Em seu discurso, o superintendente do HC-UFMG, professor Alexandre Rodrigues Ferreira, lembrou que, como hospital de média e alta complexidade, o serviço de transplante de órgãos é uma das atividades realizadas pela instituição. “Hoje o hospital é um dos principais centros transplantadores de órgãos e tecidos do estado. Nós realizamos procedimentos de rim, coração, fígado, medula óssea, córnea e em breve retomaremos o transplante de pulmão, muito importante para o estado, já que atualmente não há nenhum centro realizando esse tipo transplante”, disse.
Renascimento
O autônomo Nilton Lucas Pereira, de 57 anos, realizou um transplante de fígado há 5 meses. Com o diagnóstico de cirrose hepática, o procedimento era a sua única alternativa. “Salvou a minha vida. Sinto-me renovado e agora tenho uma normal. Se eu não tivesse feito o transplante, talvez nem estaria mais aqui”, disse. Para celebrar o seu renascimento, Nilton participou da tradicional soltura de balões na cor verde, representando as várias vidas salvas pelo gesto de amor que é a doação de órgãos.
De janeiro a junho deste ano, o HC-UFMG realizou 136 transplantes, sendo 49 de córnea, 29 de medula óssea, 20 transplantes de rim, 23 de fígado e 15 de coração. Desde o registro do primeiro transplante em Minas Gerais, que foi realizado pela instituição em 1969, o HC-UFMG já soma mais de 8 mil procedimentos.
O presidente da comissão organizadora do evento, o enfermeiro especialista em transplante Ronaldo Rodrigues, fez um balanço positivo da ação. “Conseguimos demonstrar para a sociedade a importância de debater o tema. Muitos pacientes transplantados que estão bem prestigiaram e puderam dar o seu testemunho aqui”, disse.
Sobre Ebserh
O HC-UFMG faz parte da Rede Ebserh desde dezembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Redação e revisão: Luna Normand
Tags: setembro verde; transplante de órgãos; HC-UFMG; Ebserh