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Centro de Telessaúde do HC-UFMG chega à marca de 10 milhões de exames de eletrocardiogramas
Belo Horizonte (MG) – Este ano, o Centro de Telessaúde do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG) atingiu a marca de 10 milhões de eletrocardiogramas ofertados com qualidade, de forma remota e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Um procedimento simples, mas fundamental para monitorar a atividade elétrica do coração e prevenir danos à saúde cardiovascular do indivíduo.
O serviço, que teve início em 2006, realiza, em média, 140 mil exames por mês: cerca de 7,5 mil exames analisados e laudos emitidos diariamente. Eles são realizados à distância. O paciente atendido em uma unidade básica de saúde do município onde o sistema está implantado, realiza o exame que, em seguida, é transmitido por meio do sistema, via internet, para um dos cardiologistas que integram a equipe do Centro de Telessaúde. O médico analisa as informações e emite um laudo para a unidade de saúde demandante, a fim de que seja entregue ao paciente.
“Para os pacientes de atendimento eletivo, o resultado chega na unidade em até duas horas e, se o exame for de urgência, em até 10 minutos. Nos casos em que o exame demonstra algum sinal de alerta clínico, a equipe de saúde da unidade básica, onde o paciente foi atendido, é acionada e é oferecida uma teleconsultoria, que é a discussão de caso com o cardiologista para auxiliar quanto à melhor conduta ao paciente”, explica a chefe da Unidade de e-Saúde do HC-UFMG, Maria Cristina da Paixão.
Centro de Telessaúde tem abrangência em 14 estados
O Centro de Telessaúde iniciou com a telecardiologia abarcando 82 municípios do estado de Minas Gerais. Em 2017, expandiu para outras localidades, sendo o Acre o primeiro. Atualmente, a iniciativa contempla 14 estados brasileiros com alcance em 1.356 municípios pela Oferta Nacional de Telediagnóstico em Eletrocardiografia (ONTD). Além de Minas e do Acre, o serviço abrange Bahia, Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Ceará, Pernambuco, Paraná, Amazonas, Rio Grande do Norte, Tocantins, Maranhão e Rondônia.
De acordo com a gestora, o atendimento iniciou como um projeto de pesquisa, financiado pela FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa de MG) em 82 municípios. Ao final da pesquisa e com os resultados positivos alcançados, a Secretaria de Estado investiu no serviço, ampliando o número de municípios atendidos. “Em 2017, o Ministério da Saúde passou a financiar o serviço e expandiu o atendimento. Hoje, estamos presentes em 81% dos municípios mineiros (853). No total, são 1.356 municípios em 14 estados”, informou Maria Cristina.
Ampliação
Além do telediagnóstico em eletrocardiograma, para acompanhamento de pacientes com doenças crônicas como hipertensão arterial sistêmica e Diabetes Mellitus, a equipe do Centro de Telessaúde ampliou o serviço e está desenvolvendo uma estratégia inovadora para a oferta de exames de espirometria, que mede a capacidade pulmonar e é fundamental no diagnóstico de asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Pesquisa e extensão em prol do SUS
O Centro é uma unidade do HC que tem como principais atividades a pesquisa e a extensão em áreas como telessaúde, saúde digital, ciência da implementação e epidemiologia.
Os projetos de pesquisa são planejados e desenvolvidos de forma que seja possível a implementação em larga escala para atender os usuários do sistema público de saúde e, com isso, levar benefícios à população assistida. “Nesses projetos, são identificadas as necessidades, propostas as intervenções, desenvolvidas e implementadas as ferramentas e, na sequência, são feitas avaliações e revisões da estratégia para que seja implementada dentro do sistema público”, finaliza Maria Cristina.
Sobre a Ebserh
O HC-UFMG faz parte da Rede Ebserh desde dezembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Jacqueline Santos
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh
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