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Palestras, rodas de conversa e conferências marcaram a programação
Primeiro Encontro sobre Dislexia do Projeto de Extensão ELO é destaque no IPPMG
Rio de Janeiro (RJ) - O Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CH-UFRJ) e gerenciado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), promoveu o Primeiro Encontro sobre a Dislexia com palestras, rodas de conversa e conferências sobre a temática. A ação faz parte do Projeto de Extensão Escrita, Leitura e Oralidade – ELO e reuniu profissionais e demais interessados no auditório nobre do IPPMG no dia 22 de outubro.
Os organizadores e participantes resgataram a história do projeto, apresentaram dados sobre a alfabetização, os desafios e as possibilidades na aprendizagem, a importância do diagnóstico e da interdisciplinaridade para o acompanhamento, entre outros. O objetivo foi acompanhar a agenda internacional que dá visibilidade à temática no mês de outubro e contribuir com o aperfeiçoamento e o compartilhamento de experiências entre diversos profissionais.
Idealizado por Renata Mousinho, o Projeto Elo começou em 2009 e, no ano passado, fixou as atividades no IPPMG, atendendo no ambulatório, oferecendo acolhimento, avaliação e tratamento às crianças com dificuldades de aprendizagem, além de dar suporte às famílias e escolas. Giuseppe Pastura, superintendente executivo do IPPMG, abriu o encontro e ressaltou que o projeto tem uma enorme relevância dentro da fonoaudiologia brasileira. “É uma honra poder proporcionar aos pacientes o acesso aos serviços com excelência dentro do IPPMG”, disse.
Para Luciana Mendes, coordenadora do Projeto de Extensão ELO-UFRJ, ter momentos que discutam temas como esse com um público interessado é “um avanço, pois desmistifica o que pode ser um entrave na vida da criança, da família e da escola que acompanha a criança". Ela ainda comentou que “para um disléxico, a vida escolar pode ser muito difícil sem a conduta assertiva. Os avanços com pesquisas garantem a intervenção e cuidados baseados em evidência, como é a proposta do ELO, com intervenção por camadas”.
Uma das palestrantes, Priscila Martins, explicou que a busca por atendimento especializado é essencial para que o indivíduo tenha acesso ao suporte que precisa e possa se desenvolver. Para ela, é fundamental entender que nem todo problema de leitura é sinônimo de dislexia, ela não se restringe à alfabetização no primeiro ano escolar. “É possível perceber a dislexia quando a quantidade de textos ou complexidade do texto aumenta, no terceiro ou quarto ano escolar, por exemplo, e a ajuda especializada é o que vai fazer a diferença”, explicou.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento gratuito de tratamento da dislexia e o IPPMG, através da Ebserh, é uma das unidades que se destacam pela multidisciplinaridade e excelência na atuação.
Sobre a Ebserh
O CH-UFRJ faz parte da Rede Ebserh desde o início de 2024. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Redação: Maria Carolina Frigo Maschio, com revisão de Danielle Campos.
Coordenadoria de Comunicação Social – Ebserh